domingo, 20 de março de 2011

Pretos-Pretas Velhas

Templo Umbandista
"A Caminho da Luz"
A Casa do Caboclo da Lua Fundada em 22/11/1968
O Povo da Linha das Almas
"Num cantinho de um terreiro, sentado num banquinho, pitando o seu cachimbo, um triste Preto Velho chorava. De seus olhos molhados, lágimas lhe desciam pela face e não sei porque as contei.. Foram sete. Na incontida vontade de saber, aproximei-me e o interroguei.
- Fala meu Preto Velho, diz a este teu filho, por que esternas assim, esta tão visível dor ?
- Estás vendo, filho, estas pessoas que entram e saem do terreiro? As lágimas que você contou, estão distribuídas a cada uma delas.
- A primeira lágrima foi dada aos indiferentes, que aqui vem em busca de distração. Que saem ironizando e criticando, por aquilo que suas mentes ofuscadas não puderam compreender.
- A segunda, a esses eternos duvidosos que acreditam, desacreditando. Sempre na expectativa de um milagre, que os façam alcançar aquilo que seus próprios merecimentos lhes negam.
- A terceira, aos maus. A aqueles que procuram a Umbanda em busca de vinganças, desejando prejudicar a um seu semelhante.
- A quarta, aos frios, aos calculistas. Aos que, ao saberem da existência de uma força espiritual, procuram beneficiar-se dela, a qualquer preço, mas não conhecem a palavra gratidão e nem a Caridade.
- A quinta lágima, vê como chega suave? Ela tem o riso, do elogio e da flor dos lábios. Mas se olhares bem, no seu semblante, verás escrito: 'Creio na Umbanda. Creio nos teus Caboclos, nos teus Velhos, e no teu Zâmbi, mas somente se vencerem no meu caso ou me curarem disso ou daquilo'.
- A sexta, eu dei aos fúteis que vão de Terreiro em Terreiro, sem acreditar em nada, buscando aconchegos e conchavos. Mas em seus olhos revelam um interesse diferente.
- A sétima filho, notas como foi grande ? Notou como deslizou pesada ? Foi a última lágrima. Aquela que vive nos 'Olhos' de todos os Orixás e de todas as entidades. Fiz doação desta, aos Médiuns. Aos que só aparecem no Terreiro em dia de festa. Aos que esquecem de suas obrigações. Aos que esquecem que existem tantos irmãos precisando de caridade, tantas 'crianças' precisando de amparo. Da mesma caridade e do mesmo apoio que eles próprios, um dia aqui vieram buscar.

Assim, filho meu, foi para esses todos que vistes cair, uma a uma, AS SETE LÁGRIMAS DE UM PRETO VELHO.
É interessante observar, entretanto, que nem todo Preto-Velho ou Preta-Velha na Umbanda, foi realmente um escravo(a) em sua última encarnação. Em alguns casos, esses espíritos nem encarnaram naquela forma ou naquela época. Porém, assumem aquela identidade apenas para um melhor diálogo. Para uma melhor comunicação, com aqueles que os procuram em busca de uma ajuda espiritual.

Hábitat: Cemitério, Matagais
Vibração: Segurança
Assuntos Relacionados: Todos
Atuação: Ajuda em todos os setores
Parte do Corpo: Todo o corpo
Data Comemorativa: 13 de Maio
Dia da Semana: Segundas Feiras
Essências: Heliotrópio, Alecrim, Café ( P. Velhos)
Junquilho ( P. Velhas)
Cores: Preto e Branco
Pedras: Crisópraso, Opala, Jade.
Metal: Antimônio, Níquel
Flores: Margaridas brancas de todos os tipos, grandes e miudas
Banhos de descarrego: Vários, sendo o principal feito com arruda, sal grosso, fumo de rolo picado e carvão ralado.
Libação: O mais comum é o Café amargo (sem açucar)
Imantação:
Rapadura, Fumo de rolo, agrião, feijão preto, mingau-das-almas.
Guias Para médiuns que tem um P.Velho como Guia:
128 contas ( sendo uma Preta seguida de uma Branca)
Para médiuns que tem uma P.Velha como Guia:
126 contas (sendo uma Branca seguida de uma Preta)

Templo Umbandista A Caminho da Luz
R. Mário Portela 89, Laranjeiras, RJ, RJ, CEP 22241-000

UMBANDA

UMBANDA
Há de se entender, antes de qualquer explicação, que a UMBANDA é uma religião, ou seja, é composta de elementos Divinos (Orixás e Guias); Doutrinários (linhas de atuação, reencarnação, lei do karma, atuação e direcionamento dos médiuns, assistenciados e guias, ...; Princípios (amor, caridade, respeito ao próximo, fé, ...); Rituais (abertura e encerramento das sessões, pontos cantados, feituras, ....); Místicos ( a forma de atuação dos Orixás e Guias); Divinatórios ( jogo de búzios, ... ) Humanos ( seus médiuns, Babás, Babalorixas, Sacerdotes, ...).
Cabe salientar que esses elementos são variáveis e podem ser vistos com mais ou menos intensidade de acordo com a linha doutrinária da casa ( Linhas doutrinárias ou Escolas Doutrinárias ). Como são muitas as ramificações e suas formas, isso torna difícil agrupá-las em suas peculiariedades, ritos, doutrina, fundamentos, filosofia, práticas. Pretendemos olhar de maneira geral os elementos mais comuns a cada ramificação dentro do possível.
A UMBANDA é uma religião de cunho espiritualista (contato e/ou interferência de espíritos, manipulações magísticas, práticas de cura através dos espíritos e/ou ervas/poções/conjuros, utilização de elementos ou instrumentos místicos)/mediúnica (instrumento pelo qual a prática religiosa se faz presente, especificamente, a incorporação) que agrega elementos de bases africanas (culto aos Orixás e ao espírito dos antepassados: Pretos-Velhos), indígenas (Caboclos), que recebeu influência oriental (indiana, inerente à reencarnação, o kharma e o dharma), e adquiriu elementos do cristianismo (judaísmo) como a caridade, o auxilio ao próximo e outros ditos por Jesus Cristo que no sincretismo religioso (associação dos Santos Católicos aos Orixás africanos) consideramos como o Orixá Oxalá.
Origem;
Os Fundamentos;
O Culto Umbandista;
Os Médiuns;
Enquetes (resultados e votação) ;
Origem:
Existem algumas versões para a origem da Umbanda.
Tentaremos mostrar uma face dessa origem, salientando que não importa as formas variáveis da origem, e sim, como ela atua e o que têm em comum: sua essência.
O início do movimento Umbandista se coloca entre a primeira e a segunda metade do século XIX, junto ao candomblé.
Os negros nas senzalas cantavam e dançavam em louvor aos Orixás, embora aos olhos dos brancos eles estavam comemorando os Santos católicos. Em meio a essas comemorações eles começaram a incorporar espíritos ditos Pretos-Velhos (reconhecidos como espíritos de ancestrais, sejam de antigos Babalaôs, Babalorixás, Yalorixás e antigos "Pais e Mães de senzala": escravos mais velhos que sobreviveram à senzala e que, em vida, eram conselheiros e sabiam as antigas artes da religião da distante África) que iniciaram a ajuda espiritual e o alívio do sofrimento material, àqueles que estavam no cativeiro.
Embora houvesse uma certa resistência por parte de alguns, pois consideravam os espíritos incorporados dos Pretos-Velhos como Eguns (espírito de pessoas que já morreram e não são cultuados no candomblé), também houve admiração e devoção.
Com os escravos foragidos, forros e libertados pelas leis do Ventre Livre, Sexagenário e posteriormente a Lei Áurea, começou-se a montagem das tendas, posteriormente terreiros.
Em alguns Candomblés também começaram a incorporar Caboclos (índios das terras brasileiras como Pajés e Caciques) que foram elevados à categoria de ancestral e passaram a ser louvados. O exemplo disso são os ditos "Candomblés de Caboclo". Muito comuns no norte e nordeste do Brasil até hoje.
No início do sec. XX surgiram as Macumbas no sudeste do Brasil, mas precisamente no Rio de Janeiro (sendo que também existiam em São Paulo) que mesclavam ritos Africanos, um sincretismo Afro-católico e outros mistos magísticos e influências espíritas (kardecistas). Isso era feito isoladamente, por indivíduos e seus guias, ou em grupamentos liderados pelo Umbanda ou embanda que era o chefe de ritual.
De certa forma, com o passar do tempo, tudo que envolvia algo que não se enquadrava no catolicismo, protestantismo, judaísmo ou no espiritismo, era considerado macumba. Virou um termo pejorativo e as pessoas que a praticavam, o que podemos rotular como uma "Umbanda rudimentar", não estavam muito interessadas ou preocupadas em dar-lhe um nome. Porém, o termo Umbanda já era utilizado dentro de uma forma de culto ainda meio dispersa e sem uma organização precisa como vemos hoje.
A mais antiga referência literária e denotativa ao termo Umbanda é de Heli Chaterlain, Contos Populares de Angola, de 1889. Lá aparece a referência à palavra Umbanda.
UMBANDA: Banto - Kimbundo = arte de curar.
Segundo Heli Chatelain, tem diversas acepções correlatas na África (ref.: Cultura Bantu):
1 - A faculdade, ciência, arte, profissão, negócio:
1a) de curar com medicina natural (remédios) ou sobrenatural (encantos);
1b) de adivinhar o desconhecido pela consulta à sombra dos mortos ou dos gênios, espíritos que não são humanos nem divinos;
1c) de induzir esses espíritos humanos que não são humanos a influenciar os homens e a natureza para o bem ou para o mal;
Com o passar do tempo a Umbanda foi se individualizando e se modificando em relação ao candomblé, ao Catolicismo e ao Espiritismo. Através dos Pretos-Velhos e Caboclos, que guiaram seus "cavalos" (médiuns), a Umbanda foi adquirindo forma e conteúdo próprios e característicos (identidade cultural e religiosa) e que a difencia daquela "Umbanda rudimentar" ou Macumba.
A incorporação de guias de Umbanda também ocorreu em outras religiões além do Candomblé, como foi no caso do espiritismo. Em 1908, na federação espírita, em Niterói, um jovem de 17 anos, Zélio Fernandino de Moraes, foi convidado a participar da Mesa Espírita. Ao serem iniciados os trabalhos, manifestaram-se em Zélio espíritos que diziam ser de índio e escravo. O dirigente da Mesa pediu que se retirassem, por acreditar que não passavam de espíritos atrasados (sem doutrina).
As entidades deram seus nomes como Caboclo das Sete encruzilhadas e Pai Antônio. No dia seguinte, as entidades começaram a atender na residência de Zélio todos àqueles que necessitavam, e, posteriormente, fundaram a Tenda espírita Nossa Senhora da Piedade.
Zélio foi o precursor de um "trabalho Umbandista Básico" (voltado à caridade, assistencial, sem cobrança e sem fazer o mal e priorisando o bem), uma forma "básica de culto" (muito simples), mas aberta à junção das formas já existentes (ao próprio Candomblé nos cultos Nagôs e Bantos, que deram origem às Umbandas mais africanas - Umbanda Omoloko, Umbanda de pretos-velhos-; ou aquelas formas mais vinculadas ao espiritismo - Umbanda Branca-; ou aquelas formas oriundas da Pajelança do índio brasileiro - Umbanda de Caboclo -; ou mesmo formas mescladas com o esoterismo de Papus - Gérard Anaclet Vincent Encausse -, esoterismo teosófico de Madame Helena Petrovna Blavatsky (1831-1891), de Joseph Alexandre Saint-Yves d´Alveydre - Umbanda Esotérica, Umbanda Iniciática, entre outras) que foram se mesclando e originando diversas correntes ou ramificações da Umbanda com suas próprias doutrinas, ritos, preceitos, cultura e características próprias dentro ou inerentes à prática de seus fundamentos.
Hoje temos várias ramificações da Umbanda que guardam raízes muito fortes das bases iniciais, e outras, que se absorveram características de outras religiões, mas que mantém a mesma essência nos objetivos de prestar a caridade, com humildade, respeito e fé.
Alguns exemplos dessas ramificações são:
· "Umbanda tradicional" - Oriunda de Zélio Fernandino de Moraes";
· "Umbanda Popular" - Que era praticada antes de Zélio e conhecida como Macumbas ou Candomblés de Caboclos; onde podemos encontrar um forte sincretismo - Santos Católicos associados aos Orixas Africanos";
· "Umbanda Branca e/ou de Mesa" - Com um cunho espírita - "kardecista" - muito expressivo. Nesse tipo de Umbanda, em grande parte, não encontramos elementos Africanos - Orixás -, nem o trabalho dos Exus e Pomba-giras, ou a utilização de elementos como atabaques, fumo, imagens e bebidas. Essa linha doutrinaria se prende mais ao trabalho de guias como caboclos, pretos-velhos e crianças. Também podemos encontrar a utilização de livros espíritas - "kardecistas - como fonte doutrinária;
· "Umbanda Omolokô" - Trazida da África pelo Tatá Trancredo da Silva Pinto. Onde encontramos um misto entre o culto dos Orixás e o trabalho direcionado dos Guias;
· "Umbanda Traçada ou Umbandomblé" - Onde existe uma diferenciação entre Umbanda e Candomblé, mas o mesmo sacerdote ora vira para a Umbanda, ora vira para o candomblé em sessoes diferenciadas. Não é feito tudo ao mesmo tempo. As sessões são feitas em dias e horários diferentes;
· "Umbanda Esotérica" - É diferenciada entre alguns segmentos oriundos de Oliveira Magno, Emanuel Zespo e o W. W. da Matta (Mestre Yapacany), em que intitulam a Umbanda como a Aumbhandan: "conjunto de leis divinas";
· "Umbanda Iniciática" - É derivada da Umbanda Esotérica e foi fundamentada pelo Mestre Rivas Neto (Escola de Síntese conduzida por Yamunisiddha Arhapiagha), onde há a busca de uma convergência doutrinária (sete ritos), e o alcance do Ombhandhum, o Ponto de Convergência e Síntese. Existe uma grande influência Oriental, principalmente em termos de mantras indianos e utilização do sanscrito;
· "Umbanda de Caboclo" - influência do cultura indígina brasileira com seu foco principal nos guias conhecidos como "Caboclos";
· "Umbanda de pretos-velhos" - influência da cultura Africana, onde podemos encontrar elementos sincréticos, o culto aos Orixás, e onde o comando e feito pelos pretos-velhos;
· Outras formas existem, mas não têm uma denominação apropriada. Se diferenciam das outras formas de Umbanda por diversos aspectos peculiares, mas que ainda não foram classificadas com um adjetivo apropriado para ser colocado depois da palavra Umbanda.
Os Fundamentos:
A Umbanda se fundamenta nos seguintes conceitos:
Um Deus único e superior: Zâmbi, Olorum ou simplesmente Deus..
Em sua benevolência e em sua força emanada através dos Orixás e dos Guias, auxiliando os homens em sua caminhada para a elevação espiritual e social.
Os Orixás.
Seres do Astral superior que representam a natureza e como esta atua e interage com os seres humanos.
Orixás: Oxalá, Omulu/Abaluaye, Xango, Ogum, Oxosse, Exu, Yemanjá ou Yemonjá, Nanã ou Nanã Boruque, Oxum, Oxumaré, Oba, Iansã, ...
Os Guias.
Espíritos de Luz e plenitude que vêm à Terra para ensinar e ajudar todas as pessoas, encarnadas e desencarnadas.
Guias: Pretos-Velhos, Caboclos, Boiadeiros, Africanos, Baianos, Marinheiros, Crianças, Orientais, Ciganos, Exus e Pomba-giras, ...
Os Espíritos (generalização).
Seres desencarnados que atuam de várias maneiras no mundo em que vivemos: maneiras positivas (são os Guias da Umbanda; os espíritos de Luz do Espiritismo - Kardecismo). Maneira negativa: espíritos maléficos ou perdidos (os Kiumbas - nome dado na Umbanda); obsessores ou espiritos sem Luz (nome dado no Espiritismo).
A Reencarnação.
Ato natural do cliclo de vida (vida - morte - renascimento); aperfeiçoamento do espírito e do proprío homem.
Consite na crença de que várias existências são necessárias para se chegar ao equilíbrio evolutivo e aos diversos planos da espiritualidade.
A origem dessa crença é indiana e penetrou em várias religiões ao longo dos séculos: Religiões Hindus, Budismo, Umbanda, Candomblé, Espiritismo etc
O Kharma.
Lei reencarnatória a qual todos estamos subordinados que dita a forma e os meios pelos quais será dado o retorno a um corpo material afim de resgatarmos nosso erros (de existências passadas) e fazer cumprir boas ações (na existência futura).
O Kharma, por vêzes, ultrapassa as barreiras temporais da materialidade fazendo com que o espírito cumpra sua passagem pela Terra não reencarnando, mas sim, como um Guia (Preto-Velho, Caboclo, etc; no caso da Umbanda). O qual tem como comprometimento, missão ou provação guiar e ajudar os seres humanos e outros espíritos.
Exemplo em termos genéricos do Kharma:
Uma pessoa A que por pura ganância e egoísmo prejudicou a vida de B colocando-a na sarjeta e levando-a a cometer atos espúrios e em conseqüência a morte, sendo que B morreu nutrindo um ódio muito grande por A que a prejudicou.
O Kharma que A poderia ter seria vir (reencarnar) como mãe de B. E B, por sua vez, poderia aceitar um Kharma de vir como filho deficiente de A, para que ambas pudessem cumprir seus Kharmas e evoluir e aprenderem juntas o sentido da solidariedade e do amor.
O Dharma.
De várias modos os Umbandistas, em geral, vêem o Dharma embutido dentro do Kharma e, por vêzes, fazem referências ao Dharma em formas de Kharma e vice-versa. Por isso, eu preferi fazer a referência ao Dharma em separado, mas resaltando que não há o Dharma sem o Kharma, mas que ambos têm seu próprio significado.
Lei de conduta na qual o espírito já encarnado, ou não, tangem sua existência, afim de cumprir seus Kharmas. Quando há a quebra do Dharma ou sua deturpação caímos em novos Kharmas.
Exemplo genêrico do Dharma:
Utilizando o exemplo acima, teríamos como Dharma de A o cuidado materno que ele teria que dar a B como seu filho, o comprometimento e a atenção.
Já o Dharma de B seria o respeito, a atenção e o carinho que ele teria que dar a A como sua mãe.
A Mediunidade.
O Dom dado por Deus às pessoas para que elas possam interagir com os espíritos, como instrumentos de difusão de força divina através da incorporação, da psicografia, da audição, da PES (Percepção Extra Sensorial), e de outras forma no sentido de, humildemente, servir a Deus e ajudando a todos que necessitem de caridade e no encontro da fé.
O Caminho (ele tem relação com o Dharma e com o Kharma).
Os Umbandistas crêem na caridade, no amor e na fé, como os elementos principais na evolução espiritual e material do Homem em seus vários estágios no Ciclo da vida.
A Umbanda não discrimina nenhuma religião, visto que todas, desde que alicersadas pelas mão divinas (e não por interesses econômicos e/ou mesquinhos e materialistas), são válidas na caminhada ao encontro da fé.
Cada pessoa, cada ser humano, deve procurar a Religião que mais o complete; com a qual se identifique nos seus fundamentos, preceitos, doutrina e rituais, ou meramente nos aspectos filosóficos e científicos.
Referências Africanas, Indígenas, Européias e Indianas.
A UMBANDA é uma junção de elementos Africanos (Orixás e culto aos antepassados), Indígenas (culto aos antepassados e elementos da natureza), Brancos (o europeu que trouxe seus Santos e a doutrina cristã que foram siscretizados pelos Negros Africanos) e de uma doutrina Indiana de reencarnação, Kharma e Dharma, associada a concepção de espírito empregada nas três Raças que se fundiram (Negro, Branco e Índio).
A UMBANDA prega a existência pacífica e o respeito ao ser humano, a natureza e a Deus. Respeitando todas as manifestações de fé, independentes da religião.
A máxima dentro da UMBANDA é "Dê de graça, o que de graça recebestes: com amor, humildade, caridade e fé".
O CULTO UMBANDISTA
A Umbanda tem como lugar de culto o templo, terreiro ou Centro, que é o local onde os Umbandistas se encontram para realização de suas giras, sessões.
O chefe do culto no Centro é o Sacerdote [ a Babá (Sacerdote feminino) ou o Babalaô (Sacerdote masculino) ] que é quem coordena a gira e que irá incorporar o guia de luz que comandará a espiritualidade do local dos trabalhos. Normalmente, esse guia de luz, que comanda é um Preto-Velho ou Caboclo (varia de casa para casa, de linha doutrinária para linha doutrinária).
Os templos onde os "comandantes" são Pretos-Velhos seguem a corrente africana e os que tem o Caboclo como comandante seguem a linha indígena. Mas, isso não é regra e pode variar de templo para templo.
As pessoas que recebem, incorporam entidades dentro dos terreiros, são ditos médiuns, ou cavalos. Pessoas que têm o Dom de incorporar os Orixás e Guias.
As entidades que são incorporadas pelos médiuns podem ser divididas entre:
· Orixás: Xangô, Ogum, Exu, Oxum, Nanã, Iemanjá, Iansã, Obaluayê, Oxumaré, entre outros.
· Guias: Pretos- velhos, Caboclos, Boiadeiros, Crianças, Exus, Marinheiros e Orientais.
· Kiumbas, espíritos sem luz: esses, normalmente, são incorporados quando se está fazendo algum descarrego ou quando existe algum obsediado no local.
As sessões.
O culto nos terreiros é dividido em sessões, normalmente de desenvolvimento e de consulta, e essas, são sub-divididas em giras.
Os dias da semana que acontecem as sessões variam de Centro para Centro. No nosso, elas se dão as segundas-feiras e as sextas-feiras.
Nas segundas, são feitas as sessões de consulta com Pretos-Velhos, onde as pessoas conversam com nossas entidades, afim de obter ajuda e conselhos para suas vidas, curas, desobsessões e para resolver problemas espirituais diversos. As ocorrências mais comuns nestas sessões são o "passe" e o "descarrego". No "passe", os Pretos-Velhos, rezam a pessoa energizando-a e retirando toda a parte negativa que nela possa estar. O descarrego, é feito com o auxílio de um médium de descarrego, o qual, irá incorporar o obsessor, ou captar a energia negativa da pessoa. Então, o Preto-Velho faz com que essa energia seja deslocada para o astral. Caso seja um obsessor, o espírito obsediador é retirado e encaminhado para a luz ou para um lugar mais adequado no astral inferior; caso ele não aceite a luz que lhe é dada. Nesses casos pode-se pedir a presença de um ou mais Exus para auxiliar o Preto-Velho.
Nas sextas-feiras, ocorrem as giras de Caboclos, Boiadeiros, Orixás, Marinheiros, Pretos-Velhos, Crianças e Exus. Nessas giras são feitos os desenvolvimentos dos médiuns do terreiro. Nelas, são cantados os pontos e tocados os atabaques. As giras de Marinheiros e Exus são festivas, e, além de serem feitos os desenvolvimentos dos médiuns, são realizadas consultas com esses guias. Existem terreiros onde, além dos Pretos-Velhos, Marinheiros e Exus, também os Caboclos e Boiadeiros dão consultas e trabalham com o descarrego e a desobsessão.
OS MÉDIUNS
Médium é toda pessoa com o Dom da incorporação, audição, fala, escrita, visão voltados ao contato com os espíritos e Orixás.
O médium tem como uma de suas missões na vida ser um instrumento nas mãos dos guias e Orixás. Ele deve ter e seguir, em sua vida, os conceitos de caridade, amor e fé, praticados dentro da Umbanda.
Para muitos é dado a entender que o médium sofre.
Ser médium na concepção maior, não é dor e sim provação. Pode-se dizer que a vida de quem é médium 24 horas por dia, 7 dias na semana, realmente não é fácil, mas não chega a ser castigo, como algumas pessoas entendem, e sim, como se pode dar em benefício do próximo, encarnado ou desencarnado.
Mas, existem médiuns que sofrem muito, realmente sofrem muito: por sua própria culpa, porque acham que os guias devem-lhes dar de tudo, ou se envaidecem, ou agem de maneira errada e leviana em suas vidas, ou não levam a sério a vida espiritual, ou por ignorância sentem vergonha da forma como se dá a incorporação e "prendem os Guias". Esses médiuns acabam sendo recriminados pelos seus Guias e Orixás, como alguns dizem: "tomando uma surra".
Existem aqueles médiuns que são como "pára-raios" das forças negativas, basta estar uma pessoa muito carregada no terreiro ou passar por perto de alguém que esteja com alguma demanda ou obsessor para começar a passar mal. Mas esses, com o tempo, vão aprendendo a se controlar com a ajuda dos Guias e acabam resolvendo o problema.
O médium deve tangir sua vida como um mensageiro de Deus, dos Orixás e Guias. Ter um comportamento moral e profissional dígnos, ser honesto e íntegro em suas atitudes. Nos dias de hoje, é difícil ser tudo isso, mas vale a pena e pode ser feito.
As pessoas que são médiuns devem levar sempre a sério suas missões e ter muito amor e dar valor ao que fazem, ter sempre boa vontade nos trabalhos de seu terreiro e na vida do dia a dia.
O médium deve tomar, sempre que necessário, os banhos de descarrego adequados aos seus Orixás e Guias, estar pontualmente no terreiro com sua roupa sempre limpa, conversar sempre com o chefe espiritual do terreiro quando estiver com alguma dúvida, problema espiritual ou material.
"Deve deixar, na medida do possível, seus problemas materias sempre do lado de fora do terreiro", ou seja, tentar entrar no terreiro com a cabeça mais arejada e limpa, fazendo com que haja uma divisão entre o material e o espiritual, embora eu saiba que deixar os problemas lá fora seja difícil, mas não é impossível.
O médium deve estar sempre atento as obrigações que ele deve fazer, todos os anos, para seu Orixá de cabeça (Orixá que rege sua vida e sua coroa, mente, do médium). Essa obrigação deve ser passada pelo Guia chefe do terreiro ou pela Babá do Centro.
Outra consideração importante com relação a mediunidade, e, ao terreiro, é que o médium deve abster-se de relações sexuais no dia das sessões. Pois isso, além de enfraquecer a energia psíquica, pode levar a falta de concentração e à dispersão no decorrer das sessões

quarta-feira, 16 de março de 2011

Prece à Exu

Prece à Exu

Laroiê Exu.

Exu é Mojubá!

Salve o Senhor das Encruzilhadas, dos encontros e desencontros.

Principio negativo do Universo.

Exu que está na terra, no fogo, no ar e na água.

O que detêm o poder da transformação.

Eu te saúdo:

Laroiê, faz-me Exu, viver bem, daí-me a vitalidade a alegria e a vitória sobre aqueles que não me querem bem.

Axé da vida meu compadre, abre meus caminhos e me conduz a vitória.

LAROIÊ EXU.

EXU É MOJUBÁ!

Oração ao Exu Tranca-rua das Almas

Oração ao Exu Tranca-rua das Almas





Senhor Tranca-Rua das Almas, senhor do sétimo grau de evolução da lei maior de Ogum, conhecedor de todas as magias e demandas praticadas por seres sem luz, interceda em meu caminho livrando-me de toda a energia que possa atrapalhar minha evolução. Fazei de meus pensamentos uma porta fechada para a inveja, discórdia e egoísmo. Dos sete caminhos por ti ultrapassados, foi na rua que passou a ser dono de direito, abrindo as portas para os espíritos que merecem ajuda e evolução e fechando para os que querem praticar a maldade e a inveja contra seus semelhantes. Fazei meu coração mais puro que meus próprios atos; fazei de minhas palavras a transparência da humildade; fazei do meu corpo aparelho da caridade; pois ao teu lado, demanda comigo não existirá, pois estarei coberto por sua capa que protege e abriga seus filhos. Senhor Tranca-Rua das Almas, agradeço por tudo que me fizeste aprender nesta vida e em outra que passei ao teu lado. Rogo por vós a proteção para mim, para meus irmãos de fé, para minha família, e porque não, para meus inimigos. Abençoe e guarde esses filhos que um dia entenderão o verdadeiro sentido da palavra Umbanda.



Laroiê, Exu!!!

Oração da Sorte

Oração da Sorte

(Pelo Espírito Joseph da Luz)



Recebida pelo Médium Alberto Magno da Equipe Genuína Umbanda



Salve a luz da luz, salve a correnteza remota das grandes falanges de luz. Invoco o soberano poder da sorte em minha vida e em tudo o que eu me propuser a fazer ou necessitar. Que em minha casa não falte o pão necessário para a vida, luz do mundo, luz da luz, luz da sorte, luz da vida, luz do caminho.



Em nome do Supremo invoco a sorte, e em nome do Supremo terei sorte, que repetida setenta vezes atrai sorte. Terei proteção em todos os momentos de minha vida e defesa contra meus inimigos para que não tenham força para atrapalhar o meu caminho, porque setenta vezes invoco a sorte, setenta vezes tenho a sorte, setenta vezes terei sorte em nome de Deus Pai, Deus Filho, Deus Espírito, eu terei ao meu lado setenta vezes, setenta anjos da sorte.



Assim seja.

Oração para Pai Antônio

Oração para momentos de aflição ensinada por

Pai Antônio Quimbandeiro do Cruzeiros das Almas



Salve Nosso Senhor Jesus Cristo. Salve todos os Santos e Santas. Todos os Anjos e Guias de Luz.

Peço através desta oração proteção e força para vencer todos os obstáculos da vida e para cumprir a missão a qual me foi dada. Me dê o dom da caridade e o dom de levar paz aos lugares que dela necessitam. Peço força para vencer meus inimigos, minhas aflições e todos aqueles que me querem mal.

Oxalá, dê luz à todos meus inimigos para que eles possam enxergar que não são capazes de destruir e fazer mal à aqueles que estejam a seu lado.

Saravá Oxalá, Saravá Oxossi, Saravá Ogum, Saravá Oxum, Saravá todos os Pretos Velhos e todos os Caboclos, sarava Yemanjá, dona de todas as cabeças e que Oxalá esteja onde houver paz, caridade e necessitados.

Oração à São Jorge

Oração à São Jorge



Chagas abertas, Sagrado Coração todo amor e bondade, e sangue do meu Senhor Jesus Cristo no corpo meu se derrame , hoje e sempre. Eu andarei vestido e armado com as armas de São Jorge. Para que meus inimigos tendo pés não me alcancem , tendo mãos não me peguem, tendo olhos não me enxerguem e nem pensamentos eles possam ter para me fazerem mal. Armas de fogo o meu corpo não alcançarão, facas e lanças se quebrarão sem ao meu corpo chegar , cordas e correntes se arrebentarão sem o meu corpo amarrarem. Jesus Cristo me proteja e me defenda com o poder de sua santa e divina Graça , a Virgem Maria de Nazaré me cubra com o seu sagrado e divino Manto, me protegendo em todas as minhas dores e aflições , e Deus com sua Divina Misericórdia e grande poder , seja meu defensor contra as maldades e perseguições dos meus inimigos, e o glorioso São Jorge, em nome de Deus , em nome de Maria de Nazaré , em nome da falange do Divino Espírito Santo , estenda-me o seu escudo e as suas poderosas armas , defendendo-me com a sua força e com a sua grandeza, do poder dos meus inimigos carnais e espirituais e de todas as sua más influências , e que debaixo das patas do seu fiel ginete , meus inimigos fiquem humildes e submissos a vós , sem se atreverem a Ter um olhar sequer, que me possa prejudicar. Assim seja com o poder de Deus e de Jesus e da falange do Divino Espírito Santo.

Amém.

Oração à Santa Sara

Oração à Santa Sara





"Santa Sara, pelas forças das águas
Santa Sara, com seus mistérios, possa estar sempre ao meu lado,
pela força da natureza.
Nós, filhos dos ventos, das estrelas e da lua cheia,
pedimos à Senhora que esteja sempre ao nosso lado;
pela figa, pela estrela de cinco pontas;
pelos cristais que hão de brilhar sempre em nossas vidas.
E que os inimigos nunca nos enxerguem,
como a noite escura, sem estrelas e sem luar.
A Tsara é o descanso do dia a dia,
A Tsara é a nossa tenda.
Santa Sara, me abençoe;
Santa Sara, me acompanhe.
Santa Sara, ilumine minha Tsara,
para que todos que batam à minha porta
eu tenha sempre uma palavra de amor e de caminho.
Santa Sara, que eu nunca seja uma pessoa orgulhosa,
que eu seja sempre o(a) mesmo(a)...

PESSOA HUMILDE!"

Oração à Nossa Senhora Aparecida

Oração à Nossa Senhora Aparecida



Ó Maria Santíssima , que em vossa querida imagem de Aparecida espalhais inúmeros benefícios sobre todo o Brasil , eu , embora indigno de pertencer ao número de vossos filhos mas cheio do desejo de participar dos benefícios de vossa misericórdia, prostrados a vossos pés, consagro-vos o meu entendimento , para que sempre pense no amor que mereceis ; consagro-vos minha língua , para que sempre vos louve e propague a vossa devoção; consagro-vos o meu coração , para que , depois de Deus , vos ame sobre todas as coisas. Recebei-nos , ó Rainha incomparável , no ditoso número de vossos filhos , acolhei-nos debaixo de vossa proteção, socorrei-nos em todas as nossas necessidades espirituais e temporais e sobretudo na hora da nossa morte , Abençoai , ó Mãe Celestial e com vossa poderosa intercessão fortalecei-nos em nossa fraqueza, a fim de que, servindo-vos fielmente nesta vida , possamos louvar-vos , amar-vos e dar-vos graças no céu , por toda a eternidade, Amém.





Outra Oração a nossa Senhora Aparecida (02)

Ó incomparável Senhora da Conceição Aparecida, Mãe de Deus, Rainha dos Anjos, Advogada dos pescadores, Refugio e consolação dos aflitos e atribulados, ó Virgem Santíssima, cheia de poder e bondade, lançai sobre nós um olhar favorável, para que sejamos socorridos em todas as necessidades em que nos achamos. Lembrai-vos clementíssima Mãe Aparecida, que não consta que de todos os que tem a vós recorrido, invocado o vosso santíssimo nome e implorando vossa singular proteção, mãe, minha protetora, minha consolação e guia, minha esperança e minha luz na hora da morte.

Assim, pois, Senhora, livrai-me de tudo o que possa ofender-vos e a vosso santíssimo Filho meu Redentor e meu Senhor Jesus Cristo. Virgem bendita preservai a este indigno servo, a esta casa e seus habitantes da peste, fome, guerra, raios, tempestade, e outros perigos e males que nos possam flagelar. Soberana Senhora dignai-vos dirigir nos em todos os negócios espirituais e temporais, livrai-nos das tentações do demônio para que trilhando o caminho da virtude, pelos merecimentos de vossa puríssima Virgindade e do preciosíssimo sangue que vosso Filho, vos possamos ver, amar, e gozar na eterna gloria, por todos os séculos, Amem.

Minha NOSSA SENHORA APARECIDA, se me fizer alcançar esta graça ( diga a graça que quer alcançar) ficarei devota a vos e mandarei imprimir 1 milheiro desta oração mandando também rezar uma missa.

( Por uma graça alcançada)

Oração aos Anjos da Guarda

Oração aos Anjos da Guarda





Espíritos esclarecidos e benevolentes, mensageiros de Deus, que tendes por missão assistir os homens e conduzi-los pelo bom caminho, sustentai-me nas provas desta vida; dai-me a força de suportá-las. Esclarecei a minha consciência com relação aos meus defeitos e tirai-me dos olhos o véu do orgulho, capaz de impedir que os perceba e confesse a mim mesmo.



A ti sobretudo (nome do anjo), meu anjo da guarda, que mais particularmente velas por mim, e a todos vós, espíritos protetores, que por mim vos interessais, peço fazerdes que me torne digno da vossa proteção. Conheceis as minhas necessidades: sejam elas atendidas segundo a vontade de Deus.



Amém

Oração à São Benedito

Oração à São Benedito





Ó São Benedito, modelo admirável de caridade e humildade, por vosso ardente amor a Maria Santíssima que colocou seu divino filho em vossos braços, por aquela doçura com que Jesus encheu o vosso coração, eu vos suplico:



Socoorrei-me em todas as minhas necessidades e alcançai-me de modo especial a graça que e neste momento vos peço...



Ó São Benedito, intercedei por mim que a vós recorro confiante. Vós que fostes tão maravilhoso e prodígio no atendimento aos vossos devotos, atendei a minha súplica e concedei-me o que vos peço.



Amém



Rogai por nós Bem aventurado São Benedito para que sejamos dignos da promessas de Cristo.

Oração dos Pretos Velhos

Oração dos Pretos Velhos



“Senhor, Nosso Pai, que sois o Poder, a Bondade, a Misericórdia, olhai por aqueles que acreditam em Vós e esperam por vossa bondade, poder e misericórdia. Dá Pai, aos que vacilam ao Vosso Poder, na Vossa Misericórdia e Bondade, a clareza de pensamento e abri-lhes, Senhor, os olhos para que pratiquem sempre o bem, a caridade para com os outros dentro da humildade de Vossa Sabedoria, reconhecendo assim a Vossa Existência, Poder e Misericórdia, bem assim, o Vosso Reino. Senhor, perdoa aqueles que a escuridão ainda não deixou ver os erros cometidos na sua passagem terrena. Dá, Senhor, a eles que sofrem a luz de Seu imenso Amor e da Sua Sabedoria. Que a sua luz nos ilumine neste mundo e em outros que ainda desconhecemos, e em todos os lugares por onde passarmos nos proteja. Oh ! Meu Pai Santíssimo !! A nós pecadores, aceita o nosso arrependimento dos erros que temos cometido. Pai, pela sua sagrada bondade e paixão, consenti que caminhe até vós pelo caminho da perfeição. Dá Senhor, orientação perfeita no caminho da virtude, único caminho pelo qual devemos trilhar. Misericórdia aos nossos inimigos. Perdão a todos os nossos erros, e que Vossa Bondade não nos falte hoje e sempre...

Amém”.

GRAÇAS A DEUS!

Oração a Oxala

Oração a Oxalá




Salve Oxalá, força divina do amor, exemplo vivo de abnegação e carinho!


Nós vos rogamos, ó bondoso Mestre, a Vossa proteção para que, possamos sentir em nossos corações, cada vez mais viva, e chama do nosso amor por Deus e por todas as suas criaturas.


Derramai Vossa benção por sobre todos nós e especialmente por sobre aqueles que se encontram recolhidos às casas de saúde, manicômios e penitenciárias, por sobre todos os que nascem neste momento e, ainda, muito especialmente pelos que desencarnaram e se dirigem, já em espírito, ao mundo invisível, para o ajuste de contas.


Proteção ó Pai Oxalá!...Força e proteção para todos os que palmilham o caminho do bem, e misericórdia para os que vivem no mal e para o mal, esquecidos de si próprios.



Assim Seja !

Tambor de Mina



Tambor de Mina
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Tambor-de-Mina

Religiões afro-brasileiras



--------------------------------------------------------------------------------

Princípios Básicos

Deus
Ketu | Olorum | Orixás
Jeje | Mawu | Vodun
Bantu | Nzambi | Nkisi


--------------------------------------------------------------------------------

Templos afro-brasileiros
Babaçuê | Batuque | Cabula
Candomblé | Culto de Ifá
Culto aos Egungun | Quimbanda
Macumba | Omoloko
Tambor de Mina | Terecô | Umbanda
Xambá | Xangô do Nordeste
Sincretismo | Confraria




Literatura afro-brasileira
Terminologia
Sacerdotes
Hierarquia



Religiões semelhantes
Religiões Africanas Santeria Palo Arará Lukumi Regla de Ocha Abakuá Obeah


Tambor de Mina é a denominação mais difundida das religiões Afro-brasileiras no Maranhão e na Amazônia. A palavra tambor deriva da importância do instrumento nos rituais de culto. Mina deriva de negro-Mina de São Jorge da Mina, denominação dada aos escravos procedentes da “costa situada a leste do Castelo de São Jorge da Mina” (Verger, 1987: 12) , no atual República do Gana, trazidos da região das hoje Repúblicas do Togo, Benin e da Nigéria, que eram conhecidos principalmente como negros mina-jejes e mina-nagôs.

O Maranhão foi importante núcleo atração de mão de obra africana, sobretudo durante o último século do tráfico de escravos para o Brasil (1750-1850), e que se concentrou na Capital, no Vale do Itapecuru e na Baixada Maranhense, regiões onde havia grandes plantações de algodão e cana-de-açúcar, que contribuíram para tornar São Luís e Alcântara cidades famosas entre outros aspectos, pela grandiosidade dos sobradões coloniais, construídos com mão de obra escrava e pela harmonia, beleza e coreografia das musicas de origem africana.

Como as demais religiões de origem africana no Brasil (Candomblé, Umbanda, Xangô, Xambá, Batuque, Toré, Jarê e outras), o tambor de mina se caracteriza por ser religião iniciática e de transe ou possessão. No tambor de mina mais tradicional a iniciação é demorada, não havendo cerimônias públicas de saída, sendo realizada com grande discrição no recinto dos terreiros e poucas pessoas recebem os graus mais elevados ou a iniciação completa.

A discrição no transe e no comportamento em geral é uma características marcante do tambor de mina, considerado por muitos como uma maçonaria de negros, pois apresenta características de sociedades secretas. Nos recintos mais sagrados do culto (peji em nagô, ou côme em jeje), penetram apenas os iniciados mais graduados.

O transe no tambor de mina é muito discreto e as vezes percebível apenas por pequenos detalhes da vestimenta. Em muitas casas, no início do transe, a entidade dá muitas voltas ao redor de si mesmo, no sentido contrário ao dos ponteiros do relógio, talvez para firmar o transe, numa dança de bonito efeito visual. Normalmente a pessoa quando entra em transe recebe um símbolo, como uma toalha branca amarrada na cintura ou um lenço, denominado pana, enrolado na mão ou no braço.

No Tambor de Mina cerca de noventa por cento dos participantes do culto são do sexo feminino e por isso, alguns falam num matriarcado nesta religião. Os homens desempenham principalmente a função de tocadores de tambores, isto é, abatás, daí a definição abatazeiros, também se encarregam de certas atividades do culto, como matança de animais de 4 patas e do transporte de certas obrigações para o local em que devem ser depositados. Algumas casas são dirigidas por homens e possuem maior presença de homens, que podem ser encontrados inclusive na roda de dançantes.

Existem dois modelos principais de tambor de mina no Maranhão: mina jeje e mina nagô. O primeiro parece ser o mais antigo e se estabeleceu em torno da Casa grande das Minas Jeje (Querebentan de Zomadônu), o terreiro mais antigo, que deve ter sido fundado em São Luís na década de 1840. O outro, que lhe é quase contemporâneo e que também se continua até hoje é o da Casa de Nagô, localizada no mesmo bairro (São Pantaleão) a uma quadra de distância.

A Casa das Minas é única, não possui casas que lhe sejam filiadas, daí porque nenhuma outra siga completamente seu estilo. Nesta casa os cânticos são em língua jeje (Ewê-Fon) e só se recebem divindades denominadas de voduns, mas apesar dela não ter casas filiadas, o modelo do culto do Tambor de Mina é grandemente influenciado pela Casa das Minas.

Nos terreiros de Tambor de Mina é comum a realização de festas e folguedos da cultura popular maranhense que as vezes são solicitadas por entidades espirituais que gostam delas, como a do Festa do Divino Espírito Santo, o Bumba-meu-boi, o Tambor de Crioula e outras. É comum também outros grupos que organizam tais atividades irem dançar nos terreiros de mina para homenagear o dono da casa, as vodunsis e para pedir proteção às entidades espirituais para suas brincadeiras. Sérgio Ferretti: "No Tambor de mina do Maranhão pouco se fala em Oxum, Oiá e Obá, conhecidas nos terreiros influenciados pelo candomblé. Os orixás e voduns se agrupam em famílias ou panteões."

1 Casas de Culto em São Luís
2 Cânticos em Jeje-fon/Iorubá-nagô e outras Doutrinas
3 Referências
4 Ligações externas
Casas de Culto em São LuísCasa das Minas ou Querebentã de Toy Zomadonu - fundada em meados do século XIX, e segundo Pierre Verger, por Nã Agotimé, da família real de Abomey, esposa do rei Agonglô, mãe do rei Guezô do Daomé, trazida como escrava para o Brasil, e aqui conhecida pelo nome de Maria Jesuína. A casa dedica-se ao culto jeje dos voduns, que estão organizados por famílias, a saber: Davice que é a principal, hospedando as demais: Dambirá (Damballah), Quevioçô (Heviossô), Aladanu e Savalunu. É considerada a mais antiga casa de tambor de mina no Maranhão, localizada à rua de São Pantaleão, no centro histórico de São Luís.

Casa de Nagô (Nagon Abioton) - fundada por africanos de tradição yourubá, mais precisamente, de Abeokuta, deu origem a outros terreiros de São Luís, em que são recebidas entidades africanas jeje-nagôs ou (iorubás): Doçu, Averequete, Ewá, Aziri, Acóssi, Sakpatá, Nanã Buruku, Xapanã, Ogum, Xangô, Badé, Locô, Iemanjá (Abê), Lissá, Naeté, Sogbô, Avó Missã dentre outros; gentis de origem européia ou caboclas de origem nativa: Dom Luís Rei de França, Dom João, Dom Floriano, Dom Sebastião, Toy Zezinho de Amaramadã, Rei da Turquia, S. Ricardino, S. Caboclo Velho, Princesa D’Ôro, S. Guerreiro, D. Mariana, S. Légua Boji, S. João da Mata e muitos outros. Segundo relatos, foi fundada à época de D. Pedro II por malungos africanos "de Nação", ajudados pela fundadora da Casa das Minas. Localizada na Rua Cândido Ribeiro no centro histórico de São Luís, a Casa de Nagô é considerada irmã da Casa das Minas, que juntamente com esta influenciou os demais terreiros de São Luís.

Outros dois terreiros antigos merecem ser lembrados: o Terreiro do Egito (Ilê Axé Niamê) e o Terreiro da Turquia (Ilê Nifé Olorum) (já extintos) que originaram vários outros terreiros, com destaque para a Casa Fanti Ashanti, de Pai Euclides Ferreira sendo a única com espaço dedicado ao candomblé; Casa de Iemanjá (Ylê Ashé Yemowa), de Jorge Itaci (falecido em 2003); Terreiro Fé em Deus, de mãe Elzita. Merece destaque o Ylê Axé de Otá Olé (Terreiro de Mina Pedra de Encantaria, de Pai José Itaparandi. Alguns terreiros dedicam-se ao Tambor de Mina, mas também a algumas sessões de Umbanda, como por exemplo, o Terreiro de Pai Oxalá e Mamãe Oxum de Pai Joãozinho da Vila Nova.

No Maranhão, especificamente, em São Luís, há uma diversidade de terreiros, até hoje não catalogados. Além disso muitas casas funcionam precariamente principalmente por dificuldades financeiras. Acredita-se que existem mais de 200 terreiros espalhados na capital definindo-se como Mina, Umbanda ou Mata (Encantaria de Barba Soeira). Em Codó, a "Meca" do Terecô, os terreiros são também numerosos, sendo mais conhecido a "Tenda Espírita de Umbanda Rainha de Iemanjá", de Bita do Barão. Existem terreiros de mina chefiados por pais e mães de santo, feitos no Maranhão, ou de origem maranhense, no Piauí, Pará, Amazonas, e em São Paulo, como por exemplo a Casa de Minas Thoya Jarina, de Toy Vodunnon Francelino de Shapanan ‎
Cânticos em Jeje-fon/Iorubá-nagô e outras DoutrinasDe abertura:

Imarabô é mojubára
Egba e koshé
Omodê boji koi abô abô é mojubá
Legba Eshu Lonã
Outro:

Ô mina telê telê
Imassaila taió taió
Secila é malajokê
Boboromina saíla vodum
Eko Abê eko agá
Eko omodê ô, eko omodê ô, kirielé omodê ô
Para Xangô:

Faraê faraê aê
Shangô numa velê, kabê!
Éde mariolê, é demariolá, okê
Orisá, ori Shangô, kié meó keshé keshé
Ora missã orubajô
Kabê kabecile
Éde pá epá êp êp!
Faraê...
Outro:

Kaô anana irê kaô! Agongon jelé
Shangô alodô, agô irô misselé
Para Averequete:

Verequetinho é sualá
Euá mandô sualá
Verequetinho, verequetinho...
Outra:

Averequete na c'roa de lôro, avuô pombo d'ôro ô pombo do ar
Averequete na c'roa de lôro, pombo d'ôro ô pombo do ar
Outra:

Ô maizá, maizá ôi zará, Verequete é do maizá
Ô maizá, maizá ôi zará, Verequete é do maizá
Para Toy Zezinho:

Ele é guma, ele é mailô
Ele é guma, ele é mailô
Toy Zezinho ele é mailô
Outro:

Toy Amaramadã, Toy Amaramadã, Zezinho!
Toy Amaramadã, Zezinho!Toy Amaramadã, Zezinho!
Para os voduns jejes:

O piná piná pina na basila mato sanje
Erunkó Bossukó girijó erun Dã Daomé
O pina pina pina na bacila mato sanje
Bo bossokó girijó erun Dã Danumé
Para Badé:

Badé Zoro di mapá
Badé zoro di mapá
Ele é zoro, zoro
Zoro di mapá
Para Yemanjá/Abê:

Édelá, ède manjá
Agbê Sesila olodô
Édelá, ède manjá
Agá Sesila olodô
Para Ogum:

Kwê kêro mimalá , Kwê kêro mimalá, Kwe kero mimalá
Kwê kêro Ogum ô
Para Ogum:

Okê Okê otobi odé, ai céu céu Ogum ô
Fala maré kwê, Fala maré kwê, Ogum abá é Ogum ô, Ogum abá Ogum ô
Kwê kê Ogum, kwê kwê
Kwê kê Ogum, kwê kwê
Para Euá:

Euá mandou salvar, Euá madou salvar
Ela mesmo era quem vinha, Euá mandou salvar!
Outro:

Euá ô kié é, Euá ô kié é
Orixá eu quero guia!
Euá ô kié é, Euá ô kié é
Orixá eu quero guia!
Outro:

Euá, Euá da mina bobossa Euá
Euá, Euá, Euá
Da mina tobossa Euá
Para Lissá/Oxalá:

Jan da maramadã aê, jan da maramadã aê
O Badé Abacossu, naveó Messan Oruarina
Erun obatá ô Lissá sideô avereço
Jan da maramadã Lissá, jan da maramadá Lepá
Para o Vodum Dã/Dan:

Ei Dan, Ei Dan, Ei Dan!
É um Vodun So na Mina de Dan, Aê Dan
Ei Dan, Ei Dan, Ei Dan!
É um Vodun So na Mina de Dan, Aê Dan
Outro:

Han-han gibê, Hê un Dangibê
É kpa hunkó, vodum maió danumé
Han-hangibê, Hê un Dangibê
É un tohuió, vodum maió danumé
Para Maria Barbara ou Barba Soeira

Raiou Mamãe Barba, raiou Maria Bárbara
Raiou Mamãe Barba, raiou Maria Bárbara
Anaicô, anaicô! hoje é dia de folgar, senhor!
Ô Santa Bárbara lançou pedra no mar
Anaicô, anaicô! hoje é dia de folgar, senhor!
Ô Santa Bárbara lançou pedra no mar
Outro

Ô lá vem Barba nas ondas do mar
Ô Barba vem rolando é no rolo do mar
Outro

Minha divina Santa Barba, ô venha ver seu mundo
Ô mar, ô céu, ô venha ver seu mundo
Para a Princesa Oriana

Oriana das ondas do mar, Oriana das ondas do mar
Oruana é a flor do mar, Oruana é a flor do mar
Outro

ô mike éle, O mike éle, ô mike éle anaicô!
Boboromina chegô agora
Oruana das ondas do mar, Oruana das ondas do mar
Para D. Luís Rei de França:

Venceu Brasil, Venceu Brasil, Venceu Brasil
Ganhou aliança
D. Luís é Rei, D. Luís é Rei de França!
Para D. José Floriano:

Ele é o Rei do Mar ancião! Ele é o Rei do Mar ancião!
Ô vem cavalgando seu cavalo no passar do Boqueirão
Para S. Légua Boji

A família de Légua está toda na eira
Ô bebendo cachaça,ô quebrando barreira
A família de Légua está toda na eira
Ô bebendo cachaça,ô quebrando barreira
Outro:

Seu Légua tem doze bois na Ilha do Maranhão
Vou levar minha boiada, da mata pro sertão
Boi, boi, boi! Tire as tamancas do boi S. Légua
Outro:

Meu pai é Légua Boji, eu sou Boji Buá
É mar, é ceu, é ceu é mar!

Para D. Mariana

No rio Negro os mururus viraram flores
Na mata virgem o sabiá cantou
Ela é a cabocla Mariana
A bela turca que aqui raiou
Outro:

Lá fora tem dois navios, na praia tem dois faróis
É a esquadra da marinha brasileira, Mariana!
Lá na praia dos Lençóis
Para D. Sebastião:

Ê rei, ê rei, rei Sebastião
Se desecantar Lençol
Vai abaixo o Maranhão
Para S. João da Mata

Sou caboclo da bandeira, da folha do ariri
Sou caboclo da bandeira, pedra de Itacolomi
Sou caboclo da bandeira, João da Mata falado...
De encerramento para Voduns:

Levara vodum idô
Acuntirê é de aladónon
Levara, levara, lebara, dadá missô
De encerramento para Gentilheiros e Caboclos:

Azakerê, kerê ô levara vodum
Azakerê, kerê ô levara vodum
Há festas especiais para voduns, gentis e caboclos, sendo que de acordo com o desenvolver do culto mudam-se os toques e os cânticos também, dependendo da família ou linha de entidades que se queira homenagear. Contudo os voduns não são celebrados juntamente com gentis ou caboclos, a festa destes ocorre separadamente, com toques especiais em língua jeje ou nagô, isto é, num jeje(fon) intraduzível, deturpado naturalmente no decorrer de séculos, o que torna na maioria das vezes imprecisa sua origem, isto se deve também ao fato de que o tambor-de-mina, com exceção da Casa das Minas, ser um mixto de elementos nagôs (yourubás), jeje (ewe-fon), fanti-ashanti, ketu, cambinda (angola-congo), indígenas e europeus(catolicismo romano). Por essa riqueza cultural e pelo próprio sincretismo presente no culto fica difícil separar Tambor-de-Mina e Encantaria, Terecô ou Tambor da Mata já que muitas casas de culto se dedicam a todas essas vertentes similares e intrínsecas. Entretanto, o que de fato vem descaracterizando o tambor de mina, é a influência direta ou indireta de denominações não originárias do Maranhão, como a Umbanda e o Candomblé sobre muitos pais e mães-de-santo maranhenses

As nações da religiosidade do Candomblé


As nações da religiosidade do Candomblé




Estas informações são necessárias para entendermos o que significa o termo nação no candomblé. Uma nação de candomblé identifica-se pela maneira como realiza seus rituais, pela língua do ritual, pelo conjunto de mitos nos quais baseia seus ritos, pela maneira como toca seus tambores, pelas cantigas que canta, pelas cores que usa no vestuário dos orixás, pelas folhas sagradas que usa em suas iniciações e magias; por um corpo de práticas, símbolos e cultura, material herdado dos antepassados. Devido ao intercâmbio cultura na própria África, a cultura destes grupos e portanto também seus cultos religiosos, chegavam ao Brasil já mais ou menos misturados, o que desmistifica a idéia de pureza quanto a esta ou aquela cultura ou nação de candomblé. Tal miscigenação teve continuidade na América, devido à aproximação íntima que a situação de cativeiro provocava. Até as línguas se misturavam, numa espécie de idioma auxiliar, capaz de associá-los mais solidamente num mesmo sentido de compreensão e fraternidade. Todo Terreiro (templo) de candomblé pertence a uma “nação”. Foi em virtude das origens comuns e das associações de grupos de origem semelhante, que os cultos Afro-brasileiros se aglutinaram em basicamente três ritos (nações) religiosos: 1 Ketu, 2 Angola, 3 Jeje.
Candomblé Ketu
O candomblé que se auto denomina “de nação Ketu”, é o candomblé descendente dos cultos religiosos da região Sudanesas, de cultura yorubana. Neste culto, os deuses são chamados de orixás e representam forças da natureza como o ar, o vento, o fogo e outros. A língua ritual destes cultos é composta de fragmentos de iorubá arcaico e de alguns termos de outras línguas com as quais foi se mesclando no decorrer do tempo. Toda a simbologia do candomblé Ketu como ritmo, cores, cantigas (rezas) músicas, comidas rituais e, fundamentalmente, o rito de iniciação, são marcados fortemente pelos valores culturais dos negros yorubanos. Originários desta cultura também são o “batuque”(forma que assumiu no Rio Grande do Sul, onde é considerado Jeje-Nagô) e o “Xangô” de Pernambuco. Famosos mães pais de santo dessa nação que reside em São Paulo.
Candomblé Angola
Este candomblé é resultado da presença dos negros bantos, da região Congo – Angolesa da África, cujos deuses que cultuam chamam-se Inkices.
Também os Inkices são a divinização e personificação da natureza na forma humanizada. As características rituais do candomblé Angola diferem das características do candomblé Ketu, mas a forma do ritual e da iniciação se assemelham muito. Como característica intrínseca da cultura banto, mais propensa à assimilação de valores estrangeiros, o candomblé Angola é fortemente marcado pelos valores brasileiros.
Isto pode ser notado na língua ritual, o Kimbundo ou Umbundo, línguas angolanas, muito mescladas ao português, e pelo culto de entidades “brasileiras” como os caboclos (índios) e boiadeiros. Outras formas religiosas derivadas deste grupo são a cabula, a macumba, o candomblé de caboclo, o catimbó, a pagelança e a cura. Estes últimos mais sincretizados com os valores indígenas brasileiros e predominando no Norte e Nordeste brasileiros.
Candomblé Jeje
O candomblé Jeje é minoritário no Brasil. Seus deuses são o voduns, cultuados como nobres famílias mitológicas, associadas cada uma delas aos elementos da natureza. Seu ritual difere muito dos dois anteriores em todos os sentidos. Na região do Pará e do Maranhão este culto tomou uma forma específica, conhecida como “tambor de mina”. O termo “mina” se referem à origem dos escravos que o trouxeram para o Brasil, que permaneciam presos no forte português São Jorge da Mina, na África Ocidental, até o embarque para o Brasil.
Além destas, existem várias combinações destes três tipos básicos, que são formadas a partir do trânsito dos religiosos entre um e outro grupo। Na maioria dos cultos um modelo de rito pode ser apreendido tomando-se como paradigma o rito Ketu. No qual me refiro aqui.
Outros cultos se aproximarão mais ou menos deste modelo, mas ele é representativo dos cultos afro – brasileiros em geral, excetuando-se a umbanda, fortemente marcada pelos valores do catolicismo popular e do kardecismo.
Ogum é o arquétipo do guerreiro. É pois, o símbolo do trabalho, da atividade criadora do homem sobre a natureza, da produção e da expansão, da busca de novas fronteiras, de esmagamento de qualquer força que se oponha à sua própria expansão. É o dono do Obé (faca) por isso nas oferendas rituais vem logo após Exú porque sem as facas que lhe pertencem não seriam possíveis os sacrifícios. Ogum é o dono das estradas de ferro e dos caminhos. Protege também as portas de entrada das casas e templos (Um símbolo de Ogum sempre visível é o màrìwò (mariô) - folhas do dendezeiro (igi öpë) desfiadas, que são colocadas sobre as portas das casas de candomblé como símbolo de sua proteção). Dizemos que Ogum é, em si mesmo, os atentos olhos da Lei, sempre vigilante, marcial e pronto para agir onde lhe for ordenado.
É a senhor da viagem, a estrada longa, é o veiculo!! Ogun é a jornada, a empreitada, a luta do dia-a-dia. É a estrada de ferro, o impacto do trem nos trilhos. Ele é o próprio trem, ele é o próprio trilho! Ogum é a franqueza, a decisão a convicção, a certeza, o fato consumado. É também a bateria que gera energia, é a própria energia... Ogum é sua vida em plenitude. É o amianto, o aço, o ferro, a bauxita,o maganês, o carvão mineral, o ouro a prata, o diamante sem lapidar, a lapidação, o aparelho cirúrgico. È o ato de cortar, morder e devorar sem piedade.
Ogum é um orixá importantíssimo na África e no Brasil. Sua origem, de acordo com a história, data de eras remotas. Ogum é o último imolé. Os Igba Imolé eram os duzentos deuses da direita que foram destruídos por Olodumaré após terem agido mal. A Ogum, o único Igba Imolé que restou, coube conduzir os Irun Imole, os outros quatrocentos deuses da esquerda.
Foi Ogum quem ensinou aos homens como forjar o ferro e o aço. Ele tem um molho de sete instrumentos de ferro: alavanca, machado, pá, enxada, picareta, espada e faca, com as quais ajuda o homem a vencer a natureza. Ogun é o Orixá dos ferreiros, das guerras, da tecnologia!!!
Ogun é uma das deidades da religião yorùbá. Na santería cubana é sincretizado com São Pedro, São Paulo, São João Batista, São Miguel Arcanjo e São Rafael Arcanjo.
Era um guerreiro que brigava sem cessar contra os reinos vizinhos. Dessas expedições, ele trazia sempre um rico espólio e numerosos escravos. Guerreou contra a cidade de Ará e a destruiu. Saqueou e devastou muitos outros estados e apossou-se da cidade de Irê, matou o rei, aí instalou seu próprio filho no trono e regressou glorioso, usando ele mesmo o título de Oníìré, "Rei de Irê". Tem semelhança com o vodum Gu

Qualidade de Ogun: Ògúnjà ;SoróKè ; Wari; Lakàiye ;Méjèje ; Oròminan; Olode; Onírè; Alágbède; Méjè
Dia: terça-feira;
Metal: ferro;
Cor: azul marinho ou azul escuro e/ou verde;
Comida: feijoada e inhame;
Arquétipo: impetuosos, autoritários, cautelosos, trabalhadores, desconfiados e um pouco egoístas;
Símbolos: espada, facão, corrente de ferro.
Saudação: Ogum Ieé!



P.S: O texto tem um link direto com a pg Wikipedia.

terça-feira, 15 de março de 2011

Caboclos

CABOCLOS


São geralmente espíritos de civilizações primitivas, tais como índios: Íncas, Maias, Astecas e afins. Foram espíritos de terras
recém formadas e descobertas, eles formaram sociedades (tribos e aldeias), com perfeita organização estrutural, tudo era fabricados
por eles, desde o cultivo de alimentos até a moradia.

Como foram primitivos conhecem bem tudo que vem da terra, assim caboclos são os melhores guias para ensinar a
importância das ervas e dos alimentos vindos da terra, além de sua utilização.

Assim como os Pretos-velhos, possuem grande elevação espiritual, e trabalham "incorporados" a seus médiuns na Umbanda,
dando passes e consultas, em busca de sua elevação espiritual.

São subordinados aos Orixás, o que lhes concede uma força mestra na sua personalidade e forma de trabalho, igual aos
Pretos-velhos.

Quando falamos na personalidade de um caboclo ou de qualquer outro guia, estamos nos referindo a sua forma de trabalho.

Costumam usar durante as giras, penachos e fumam charutos. Falam de forma rústica lembrando sua forma primitiva de ser,
dessa forma mostram através de suas danças muita beleza, própria dessa linha.

Seus "brados", que fazem parte de uma linguagem comum entre eles, representam quase uma "senha" entre eles.
Cumprimentos e despedidas são feitas usando esses sons.

Costumamos dizer que as diferenças entre eles estão nos lugares que eles dizem pertencer. Dando como origem ou habitat
natural, assim podemos ter:

Caboclos da mata: Esses viveram mais próximos da civilização ou tiveram contato com elas.

Caboclos da mata virgem: Esses viveram mais interiorizado nas matas, sem nenhum contato com outros povos.


Assim vários caboclos se acoplam dentro dessa divisão.

Torna-se de grande importância conhecermos esses detalhes para compreendermos porque alguns falam mais explicados que
outros. Mais ainda existe as particularidades de cada um, que permitem diferenciarmos um dos outros.

A primeira é a "especialidade" de cada um, são elas: curandeiros, rezadeiros, guerreiros, os que cultivavam a terra
(agricultores), parteiras, entre outros.

A segunda é diferença criada pela "força da natureza" que os rege. É o Orixá para quem eles trabalham.

Para nós da Umbanda, é importantíssimo saber que a "personalidade" de um caboclo se dá pela junção de sua "origem",
"especialidade" e "força da natureza" que o rege.

E é nessa "personalidade" que centramos nossos estudos. Assim como os Pretos-velhos, eles podem dar passe, consulta e
correntes de energização ou participarem de descarrego, contudo sua prática da caridade se dá principalmente com a manipulação.

Quando falamos em manipulação, estamos nos referindo desde preparo de remédios feitos com ervas, emplastos, compressas
e banhos em geral até manipulação física, como por rezar "espinhela caída".

Esses guias por conhecerem bem a terra, acreditam muito no valor terapêutico das ervas e de tudo que vem da terra, por isso
as usam mais que qualquer outro guia.

Desenvolveram com isso um conhecimento químico muito grande para fazer remédios naturais.

Como são espíritos da mata propriamente dita, todos recebem forte influência de Oxossi, no sentido apenas do conhecimento
químico das ervas, independente do Orixá que trabalhe.

São espíritos que também trabalham muito com passe. Acreditamos ser pela facilidade de locomoção, já que normalmente
trabalham em pé.

São também bastante necessários na hora de um descarrego, pois conseguem acoplar no médium em qualquer posição.


Formas incorporativas e especialidade de caboclos:

Caboclos de Oxum: Geralmente são suaves e costumam rodar, a incorporação acontece primeiro ou quase simultâneo no coração
(interno). Trabalham mais para ajuda de doenças psíquicas, como: depressão, desanimo entre outras. Dão bastante passe tanto de
dispersão quanto de energização. Aconselham muito, tendem a dar consultas que façam pensar; Seus passes quase sempre são de
alívio emocional.

Caboclos de Ogum: Sua incorporação é mais rápida e mais compactada ao chão, não rodam. Consultas diretas, geralmente gostam de
trabalhos de ajuda profissional. Seus passes são na maioria das vezes para doar força física, para dar ânimo.

Caboclos de Iemanjá: Incorporam de forma suave, porém mais rápidos do que os de Oxum, rodam muito, chegando a deixar o médium
tonto. Trabalham geralmente para desmanchar trabalhos, com passes, limpeza espiritual, conduzindo essa energia para o mar.

Caboclos de Xangô: São guias de incorporações rápidas e contidas, geralmente arriando o médium no chão. Trabalham para: emprego;
causas na justiça; imóvel e realização profissional. Dão também muito passe de dispersão. São diretos para falar.

Caboclos de Nanã: Assim como os Pretos-velhos são mais raros, mas geralmente trabalham aconselhando, mostrando o carma e como
ter resignação. Dão passes onde levam eguns que estão próximos. Sua incorporação igualmente é contida, pouco dançam.

Caboclos de Iansã: São rápidos e deslocam muito o médium. São diretos para falar e rápidos também, muitas das vezes pegam a
pessoa de surpresa. Geralmente trabalham para empregos e assuntos de prosperidade, pois Iansã tem grande ligação com Xangô.
No entanto sua maior função é o passe de dispersão (descarrego). Podem ainda trabalhar para várias finalidades, dependendo da
necessidade.

Caboclos de Oxalá: Quase não trabalham dando consultas, geralmente dão passe de energização. São "compactados" para incorporar e
se mantém localizado em um ponto do terreiro sem deslocar-se muito.

Caboclos de Oxossi: São os que mais se locomovem, são rápidos e dançam muito. Trabalham com banhos e defumadores, não
possuem trabalhos definidos, podem trabalhar para diversas finalidades. Esses caboclos geralmente são chefes de linha.

Caboclos de Obaluaiê: São raros, pois são espíritos dos antigos "bruxos" das tribos indígenas. São perigosos, por isso só filhos de
Omulu de primeira coroa possuem esses caboclos. Sua incorporação parece um Preto-velho, locomovem-se apoiados em cajados.
Movimentam-se pouco. Fazem trabalhos de magia, para vários fins.

RETIRADO DO SITE PERTENCENTE AO CENTRO ESPÍRITA OGUM 7 ESPADAS



A HISTÓRIA DE ARARIBÓIA


Araribóia existiu. Chefe indígena da tribo Temiminó, um grupo Tupi, vivia numa das ilhas da Baía de Guanabara. Ali os
temiminós eram minoria. A tribo Tamoio, com 70 mil índios, dispersa entre a Guanabara e a região onde hoje se localiza a cidade de
Bertioga (SP), detinha folgada superioridade numérica contra os temiminós, que só contavam com 8 mil cabeças.

Os tamoios, liderados pelo chefe Cunhambebe, eram aliados antigos dos franceses, que viviam tentando invadir a Baía de
Guanabara. Em 1555, depois de subjugar os temiminós e os portugueses com a ajuda de Cunhambebe, a França passou a dominar a
Capitania do Rio de Janeiro.

O Reino de Portugal mandou então para o Brasil o terceiro governador-geral da colônia, Mem de Sá, com a missão de retornar
ao Rio. Selando uma aliança com Araribóia, os portugueses conseguiram. O chefe indígena recebeu como gratidão a sesmaria de
Niterói, onde passou a morar, converteu-se ao cristianismo e tornou-se íntimo do governo. Adotou, inclusive o nome do português
Martim Afonso de Souza, donatário do Rio de Janeiro. Morreu em 1574, brigado com Antonio Salema, sucessor de Mem de Sá.

O nome indígena Araribóia significa Cobra Feroz ou Cobra das Tempestades.

“Araib”, em Tupi, significa “Tempo Mau, Tempestade, Tormenta” e “Bói” significa “Cobra”.


Herói de Vária Batalhas

Em 1560, a expedição de Mem de Sá foi combater os franceses no Rio de Janeiro. Levava Maracajaguaçu e Araribóia e outros
Índios Flecheiros do Espírito Santo.

No dia 15 de março de 1560, a expedição de Mem de Sá promove um ataque à Ilha Henri e consegue vencer, destruindo o
Forte Coligny. Derrotados os franceses conseguiram escapar em grande número, refugiando-se no Continente.

O ataque a Ilha Henri está relatado em carta do padre Francês André Thevet na obra “La Cosmographie Universelle", editada
em Paris, França, em 1575. Lá consta referências aos atos de bravura do Índio Fundador da Serra, Maracajaguaçu e de seu filho
Araribóia.

Mem de Sá volta a Salvador, na Bahia, a 3 de abril de 1560 e os franceses e Tamoios reagruparam-se e estabeleceram
poderosas fortificações na Ilha da Carioca e na Ilha de Paranapuã.

Quando Araribóia volta a segunda vez para guerrear contra os franceses e Tamoios, em 1564, está com 40 anos de idade,
conforme Luís Carlos Lessa no livro “Araribóia, o Cobra das Tempestades”, publicado pela Editora Francisco Alves do Rio de Janeiro,
página 8.

Em 1564, com Estácio de Sá, combate na tomada da Fortaleza de Uruçumirim, na hoje Praia da Glória e depois destaca-se
como herói na Batalha de Paranapecu, trecho da Ilha do Governador, que ia da Ponta do Galeão até as Flecheiras.


MAIS SOBRE OS CABOCLOS


São entidades, espíritos de índios brasileiros e Sul Americanos, que trabalham na caridade como verdadeiros conselheiros,
nos ensinando a amar ao próximo e a natureza, são entidades que tem como missão principal o ensinamento da espiritualidade e
o encorajamento da fé, pois é através da fé que tudo se consegue.

Usam em seus trabalhos ervas que são passadas para banhos de limpeza e chás para a parte física, ajudam na vida
material com trabalhos de magia positiva, que limpam a nossa áura e proporcionam uma energia de força que irá nos auxiliar para
que consigamos o objetivo que desejamos, não existe trabalhos de magia que possam lhe dar empregos e favores, isso não é
verdade, o trabalho que eles desenvolvem é o de encorajar o nosso espírito e prepara-lo para que nós consigamos o nosso objetivo.

A magia praticada pêlos espíritos de caboclos e pretos velhos é sempre positiva, não existe na Umbanda trabalho de
magia negativa, ao contrário, a Umbanda trabalha para desfazer a magia negativa. Eu sei que infelizmente, existem vários
terreiros que praticam esta magia inferior, mas estes são os magos negros, que para disfarçar o seu verdadeiro propósito, se
escondem em terreiros ditos de Umbanda para que possam atrair as pessoas e desenvolver as suas práticas negativas, com
promessas falsas que sabemos nunca são atendidas.

Mais graças a Oxalá, esses terreiros estão acabando, pois, o povo esta tendo um maior conhecimento e buscando a
verdade e é através desse caminho, de busca da verdade, que esse templo de Umbanda pretende ensinar a todos, o verdadeiro
caminho da fé.

Os caboclos de Umbanda são entidades simples e através da sua simplicidade passam credibilidade e confiança a todos
que os procuram, seus pontos riscados, grafia sagrada dos Orixás, traduzem a mais forte magia que existe atualmente, é através
desses pontos que são feitas limpezas e evocações de elementais e Orixás para diversos fins, mais a frente falaremos um pouco
mais sobre os pontos riscados de Umbanda.

Nos seus trabalhos de magia costumam usar pembas, ( giz de várias cores imantados na energia de cada Orixá), velas,
geralmente de cêra, essências, flores, ervas, frutas, charutos e incenso. Todo esse material será disposto encima de uma mandala
ou ponto riscado, para que esse direcione o trabalho.

Quando fazemos um trabalho para uma entidade de Umbanda e colocamos algum prato de comida, como pôr exemplo
espigas de milho cozidas com mel, esta comida não é para o Caboclo comer, espíritos não precisam de comida, o alimento que
esta ali depositado, serve como alimento espiritual, isto é, a energia que emana daquela comida e transmutada e utilizada para
o trabalho de magia a favor do consulente, da mesma forma o charuto que a entidade esta fumando é usado para limpeza, do
consulente através da fumaça e das orações que estas entidades fazem no momento da limpeza, são os chamados passes de
Umbanda.

Muitas vezes a Umbanda é criticada e chamada de baixo espiritismo, pois seus guias fumam e bebem, mais estas críticas
se devem a uma falta de conhecimento da magia ritual que a Umbanda pratica, desde o início, com tanta maestria e poder, e
sempre o fará para o bem de todos.

Autor: Rodrigo Romo Fonte: http://www.shtareer.com.br/

Guias da Umbanda

Guias da umbanda
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
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Guias são os espíritos que trabalham nas diversas ramificações da Umbanda e Omolokô. Esses espíritos incorporam nos médiuns para poder realizar seu trabalho caritativo, assim como, dar orientações, executarem trabalhos de contra-magia e outros. Sempre em benefício dos viventes e desencarnados, trabalhando para o bem.

São também os colares usados pelos médiuns durante as giras, variando a cor conforme a falange:

Oxalá = branco
Nanã = roxo
Omolu e Obaluaê = preto e branco
Iemanjá = cristal azul e branco
Oxum = azul claro
Iansã = amarelo
Xangô = marrom
Oxóssi = verde
Ogum = vermelho
Preto Velho = xadrez preto e branco
Exú = preto e vermelho
Estas cores podem mudar conforme a região do Brasil que se encontra. No Rio Grande do Sul por exemplo temos abaixo:

Oxalá = branco
Nanã = roxo e branco
Omolu e Obaluaê = preto e branco
Iemanjá = azul claro e branco
Oxum = amarelo e branco
Iansã = vermelho e branco
Xangô = marrom e branco
Oxóssi = verde e branco
Ogum = vermelho ou vermelho com verde e branco
Preto Velho = azul escuro e branco
Exú = preto e vermelho
Na Umbanda, ao contrário do Candomblé, não se incorporam os Orixás, mas sim os falangeiros, que são emanações dos Orixás, possíveis de serem captadas pelos médiuns e neles exercem influência em seus corpos e mentes. O Orixá Exu é diferente do Povo de Rua, conhecidos também com Compadre de Umbanda, pois o Orixá Exu ao contrário dos Compadre não incorporam.

Os Guias têm diferentes grupamentos, formando falanges de entidades afins, de mesma característica e roupagens. Assim temos os seguintes grupamentos na Umbanda:

[editar] Principais guiasPretos-Velhos
Caboclo
Crianças
Boiadeiros
Marinheiros
Iemanjá/ Oxum/ Marinheiros/ Sereinhas
Zé-Baiano/ Zé-Firmino/ Zé-Pilintra
Exús/ Pombas-Giras
Zé Pelintra/ Malandrinha/ Malandro
baiano/baiano
[editar] Falanges trabalhadas em outras ramificações da UmbandaBaianos
Ciganos
Orientais
Mineiros
Cangaceiros

Historia da Umbanda

As raízes da umbanda são difusas. Entretanto, podemos afirmar que ela foi criada em 1908 pelo Médium Zélio Fernandino de Moraes, sob a influência do Caboclo das Sete Encruzilhadas.

Antes disso, já havia, de fato, o trabalho de guias (pretos-velhos, caboclos, crianças), assim como religiões ou simples manifestações religiosas espontâneas cujos rituais envolviam incorporações e o louvor aos orixás. Entretanto, foi através de Zélio que organizou-se uma religião com rituais e contornos bem definidos à qual deu-se o nome de umbanda.

Nesta época, não havia liberdade religiosa. Todas as religiões que apontavam semelhanças com rituais afros eram perseguidas, os terreiros destruídos e os praticantes presos.

Em 1945, José Álvares Pessoa, dirigente de uma das sete casas de umbanda fundadas inicialmente pelo Caboclo das Sete Encruzilhadas, obteve junto ao Congresso Nacional a legalização da prática da umbanda.

A partir dai, muitas tendas cujos rituais não seguiam o recomendado pelo fundador da religião, passaram a dizer-se umbandistas, de forma a fugir da perseguição policial. Foi aí que a religião começou a perder seus contornos bem definidos e a misturar-se com outros tipos de manifestações religiosas. De tal forma que hoje a umbanda genuína é praticada em pouquíssimas casas.

Hoje, existem diversas ramificações onde podemos encontrar influências que utilizam a palavra umbanda, como as indígenas (Umbanda de Caboclo), as africanas (Umbandomblé, Umbanda traçada) e diversas outras de cunho esotérico (Umbanda Esotérica, Umbanda Iniciática). Existe também a "Umbanda popular", onde encontraremos um pouco de cada coisa ou um cadinho de cada ancestralidade, onde o sincretismo (associação de santos católicos aos orixás africanos) é muito comum.

[editar] FundamentosOs fundamentos da umbanda variam conforme a vertente que a pratique.

Existem alguns conceitos básicos que são encontrados na maioria das casas e assim podem, com certa ressalva e cuidado, ser generalizados para todas as formas de umbanda. São eles:

A existência de uma fonte criadora universal, um Deus supremo, chamado Olorum. Algumas das entidades, quando incorporadas, podem nomeá-lo de outra forma, como por exemplo Zambi para pretos-velho, Tupã para caboclos, entre outros, mas são todos o mesmo Deus;
A obediência aos ensinamentos básicos dos valores humanos, como: fraternidade, caridade e respeito ao próximo. Sendo a caridade uma máxima encontrada em todas as manifestações existentes;
O culto aos orixás como manifestações divinas (alguns umbandistas cultuam a chamada umbanda branca ,esta no entanto não cultua os orixás, sendo unicamente voltada ao culto se caboclos, pretos velhos e crianças), em que cada orixá controla e se confunde com um elemento da natureza do planeta ou da própria personalidade humana, em suas necessidades e construções de vida e sobrevivência;
A manifestação dos Guias para exercer o trabalho espiritual incorporado em seus médiuns ou "aparelhos";
O mediunismo como forma de contato entre o mundo físico e o espiritual, manifesta de diferentes formas;
Uma doutrina, uma regra, uma conduta moral e espiritual que é seguida em cada casa de forma variada e diferenciada, mas que existe para nortear os trabalhos de cada terreiro;
A crença na imortalidade da alma;
A crença na reencarnação e nas leis cármicas;
[editar] Um Deus único e superiorDeus, em sua benevolência e em sua força emana de si e através dos orixás e dos guias (espíritos desencarnados) seu amor, auxiliando os homens em sua caminhada para a elevação espiritual e intelectual.

[editar] OrixásOs orixás são manifestações do Grande Deus Olorum. Todo o universo surge de Olorum através das radiações que são individualizadas e personificadas em orixás. Essas radiações são personificadas de formas diferentes nos diversos terreiros - depende da influência histórica que cada um sofreu. A radiação (vibração da água) pode ser relacionada apenas a Iemanjá, mas pode ser subdividida em Oxum: água doce, Nanã: pântano e Iemanjá: mares. Ocorre semelhante com Ossain e Oxóssi.

Muitos escritores da umbanda relacionam as Sete Linhas aos Orixás, outros preferem relacionar as Sete Linhas com as vibrações e não diretamente a orixás, já que eles são mais de sete.

Os orixás não são originários da umbanda, muito antes eles já eram reverenciados nas terras africanas por diversas tribos. Muitos deles não se tornaram conhecidos aqui no Brasil, e até mesmo nas tribos africanas cada uma possuía seu orixás e desconhecia outros que eram cultuados em tribos diferentes.

Quando começou o tráfico de escravos, muitos negros de tribos diferentes foram vendidos juntamente, desta maneira os diversas orixás de tribos distantes se encontraram em terras brasileiras e formaram o grande panteão do Candomblé. Notadamente a nação que mais influenciou foi a Iorubá.

Nesta visão ainda própria dos ritos tribais, o orixá era um ancestral que todos tinham em comum. Geralmente era considerado como o próprio fundador da tribo e deixava grande influência por suas características incomuns de liderança, poderes espirituais e grande habilidade de caça. A tribo tinha no orixá um símbolo da união, pois todos eram filhos diretamente desse grande ancestral; com isso surge o termo Orixá histórico - realmente um rei, rainha, feiticeiro, guerreiro que existiu.

No nascimento do Candomblé, os homens passaram a ser filhos espirituais dos orixás, pois a relação de ancestralidade que existia na tribo não se confirmava mais na nova realidade da América. A partir da umbanda se configura a uma nova visão: o Orixá Cósmico. O orixá, pela cosmogonia umbandista, nunca viveu na terra, ele é muito mais que o espírito desencarnado de um homem; Toda criação é o resultado do trabalho harmônico dos orixás, espíritos elevadíssimos, verdadeiros arquitetos e mantenedores da criação. [2]

[editar] SincretismoA umbanda é uma junção de elementos africanos (orixás e culto aos antepassados), indígenas (culto aos antepassados e elementos da natureza), Catolicismo (o europeu, que trouxe o cristianismo e seus santos que foram sincretizados pelos Negros Africanos), Espiritismo(fundamentos espíritas, reencarnação, lei do carma, progresso espiritual etc).

A umbanda prega a existência pacífica e o respeito ao ser humano, à natureza e a Deus. Respeitando todas as manifestações de fé, independentes da religião. Em decorrência de suas raízes, a umbanda tem um caráter eminentemente pluralista, compreende a diversidade e valoriza as diferenças. Não há dogmas ou liturgia universalmente adotadas entre os praticantes, o que permite uma ampla liberdade de manifestação da crença e diversas formas válidas de culto.

A máxima dentro da umbanda é "Dê de graça, o que de graça recebestes: com amor, humildade, caridade e fé".

Mantém-se na umbanda o sincretismo religioso com o catolicismo e os seus santos, assim como no antigo Candomblé dos escravos, por uma questão de tradição, pois antigamente fazia-se necessário como uma forma de tornar aceito o culto afro-brasileiro sem que fosse visto como algo estranho e desconhecido, e, portanto, perseguido e combatido.

Há discordância sobre as cores votivas de cada orixá conforme o local do Brasil e a tradição seguida por seus seguidores. Da mesma forma quanto ao Santo sincretizado a cada orixá.

Alguns exemplos:

Exu - Santo Antonio no Rio de Janeiro, chamado de Bará no Rio Grande do Sul;
Oxumaré - São Bartolomeu no Brasil
Ogum - São Jorge], principalmente no centro-sul do Brasil e Santo Antonio na Bahia;
Oxossi - São Sebastião; principalmente no centro-sul do Brasil, São Jorge na Bahia;
Xangô - São Jerônimo,São João Batista, São Miguel Arcanjo
Iemanjá - Nossa Senhora dos Navegantes;
Oxum - Nossa Senhora da Conceição;
Iansã - Santa Bárbara;
Omulu - São Roque;
Obá - Santa Rita de Cássia, Santa Joana d'Arc
Obaluaê - São Lázaro;
Nanã - Sant'Anna;
Oxalá - Divino Jesus Cristo, o Ser Cristalino.



[editar] O culto umbandistaA umbanda tem como lugar de culto o templo, terreiro ou Centro, que é o local onde os Umbandistas se encontram para realização do culto aos orixás e dos seus guias, que na umbanda se denominam giras.

O chefe do culto no Centro é o Sacerdote ou Sacerdotisa (pode ser Babá, Zelador, Dirigiente, Diretor(a) de culto, Mestre(a), sempre dependendo da forma escolhida por cada casa). São os médiuns mais experientes e com maior conhecimento, normalmente fundadores do terreiro. São quem coordenam as sessões/giras e que irão incorporar o guia-chefe, que comandará a espiritualidade e a materialidade durante os trabalhos.

Vale lembrar que o termo pai-de-santo ou mãe-de-santo não deve ser aplicado na religião de umbanda, pois estes termos são oriundos do Candomblé, que é uma religião diferente da umbanda.

Como uma religião espiritualista, a ligação entre os encarnados e os desencarnados se faz por meio dos médiuns.

Na umbanda existem várias classes de médiuns, de acordo com o tipo de mediunidade.

Normalmente há os médiuns de incorporação, que irão "emprestar" seus corpos para os guias e para os orixás.

Há também os atabaqueiros, que transmitem a vibração da espiritualidade superior por via dos atabaques, criando um campo energético favorável à atração de determinados espíritos, sendo muitas vezes responsáveis pela harmonia da gira.

Há os Corimbas, que são os que comandam os cânticos e as cambonas que são encarregadas de atender as entidades, provisionando todo o material necessário para a realização dos trabalhos.

Embora caiba ao sacerdote ou à sacerdotisa responsável o comando vibratório do rito, grande importância é dada à cooperação, ao trabalho coletivo de toda a corrente mediúnica.

Segundo a umbanda, as entidades que são incorporadas pelos médiuns podem ser pretos-velhos, caboclos, boiadeiros, mineiros, crianças, marinheiros, ciganos, baianos, orientais, xamãs e exus.

[editar] As sessõesO culto nos terreiros é dividido em sessões de desenvolvimento e de consulta, e essas, são subdivididas em giras.

Nas sessões de consulta, onde comumente podemos encontrar Pretos-Velhos, Caboclos, Ciganos… As pessoas conversam com as entidades a fim de obter ajuda e conselhos para suas vidas, curas, descarregos, e para resolver problemas espirituais diversos.

As ocorrências mais comuns nessas sessões são o "passe" e o descarrego.

No passe, a entidade reorganiza o campo energético astral da pessoa, energizando-a e retirando toda a parte fluídica negativa que nela possa estar.

O descarrego é feito com o auxílio de um médium, o qual irá captar a energia negativa da pessoa e a transferir para os assentamentos ou fundamentos do terreiro que contém elementos dissipadores dessas energias. Também a entidade faz com que essa energia seja deslocada para o astral. Caso seja um obsessor, o espírito obsediador é retirado e encaminhado para tratamento ou para um lugar mais adequado no astral inferior caso ele não aceite a luz que lhe é dada. Nesses casos pode ser necessária a presença de um ou mais Exus (um gênero de espírito desencarnado) para auxiliar a desobsessão.

Os dias de Consulta e/ou Desenvolvimento podem variar de casa para casa, de Linha Doutrinária para Linha Doutrinária.

Nos dias de consulta há o atendimento da assistência e nos dias de desenvolvimento há as giras médiunicas, que são fechadas à assistência, onde os sacerdotes educam e ensinam os mecanismos próprios da mediunidade.

[editar] MédiunsMédium é toda pessoa que, segundo a Doutrina Espírita, tem a capacidade de se comunicar com entidades desencarnadas ou espíritos, seja pela mecânica da incorporação, pela vidência (ver), pela audiência (ouvir) ou pela psicografia (escrever movido pela influência de espíritos).

A umbanda crê que o médium tem o compromisso de servir como um instrumento de guias ou entidades espirituais superiores. Para tanto, deve se preparar através do estudo, desenvolvendo a sua mediunidade, sempre prezando a elevação moral e espiritual, a aprendizagem conceitual e prática da umbanda, respeitar os guias e orixás; ter assiduidade e compromisso com sua casa, ter caridade em seu coração, amor e fé em sua mente e espírito, e saber que a umbanda é uma prática que deve ser vivenciada no dia-a-dia, e não apenas no terreiro.

Uma das regras básicas da umbanda é que a mediunidade não deve ser vista ou vivenciada vaidosamente como um dom ou poder maior concedido ao médium, mas sim como um compromisso e uma oportunidade que lhe foi dada para resgate kármico e expiação de faltas pregressas antes mesmo da pessoa reencarnar. Por isso não deve ser encarada como um fardo ou como uma forma de ganhar dinheiro, mas como uma oportunidade valiosa para praticar o bem e a caridade.

Existe médiuns que acabam distorcendo o verdadeiro papel que lhes foi dado e se envaidecem, agindo de forma leviana em suas vidas. O médium deve tangir sua vida como sendo um mensageiro de Deus, dos orixás e guias. Ter um comportamento moral e profissional dignos, ser honesto e íntegro em suas atitudes, pois do contrário acaba atraindo forças negativas, obsessores ou espíritos revoltados que vagam pelo mundo espiritual atrás de encarnados desequilibrados que estejam na mesma faixa vibracional que eles. Por isso, desenvolver a mediunidade é um processo que deve ser encarado de forma séria e regido através de um profundo estudo da religião, e seguido por conceitos morais e éticos. Ser orientado e iniciado por uma casa que pratica o bem é essencial.

As pessoas que são médiuns devem levar sempre a sério sua missão, ter muito amor e dar valor ao que fazem, tendo sempre boa-vontade nos trabalhos de seu terreiro e na vida diária.

O médium deve tomar, sempre que necessário, os banhos de descarrego adequados aos seus orixás e guias, estar pontualmente no terreiro com sua roupa sempre limpa, conversar sempre com o chefe espiritual do terreiro quando estiver com alguma dúvida, problema espiritual ou material.

Sobre o estudo da mediunidade e do médium, pode-se utilizar como fonte para estudos a relação que existe abaixo, no item "Literatura Umbandista".

Alguns terreiros utilizam-se das obras Espíritas (codificadas por Allan Kardec), mas a maioria segue as orientações da literatura umbandista que é prolífica nas discussões teóricas e nas orientações práticas. Há livros umbandistas a partir da década de 1930.

[editar] As Linhas da Umbanda SagradaLinha Sentido Orixá Positivo Orixá Negativo Sentimento
Cristalina Fé Oxalá Oyá Religiosidade
Mineral Amor Oxum Oxumaré Concepção
Vegetal Raciocínio Oxossi Obá Conhecimento
Ígnea Razão Xangô Iansã Justiça
Eólica Equilíbrio Ogum Egunitá Lei
Telúrica Saber Obaluaiê Nanã Evolução
Aquática Geração Iemanjá Omulu Maternidade


Atente-se que este panteão é próprio à Umbanda direcionada por Rubens Saraceni, havendo inconsistências em relação a outras escolas. Por exemplo, ao passo que, tradicionalmente, Oyá, Iansã e Egunitá são um mesmo Orixá, o autor o dissocia em três divindades separadas.

[editar] Polêmicas dentro das "umbandas"[editar] Sacrifício ritual de animaisExistem várias ramificações dentro da Religião de umbanda. Entretanto na umbanda não se usa o sacrifício de animais em hipótese alguma.

Esta prática está ligada a algumas linhas que ainda cultuam junto com a umbanda alguns rituais de religiões afro-brasileiras.

[editar] Uso de bebidas alcoólicasTambém encontramos terreiros dos seguintes tipos:

Os que as entidades incorporadas não usam bebidas (muitas vezes por questão do próprio médium não estar preparado para este tipo de trabalho com bebida) criando uma espécie de tabu;
Os que elas bebem durante os trabalhos (tanto os que fazem o uso correto deste elemento, como os que abusam);
Os que usam bebida em situações mais veladas (existindo um certo rigor quanto a sua utilização, buscando coibir abusos de médiuns ainda em preparação).
Toda essa controvérsia é gerada pelo uso que as pessoas fazem das bebidas alcoólicas na vida diária, muitas vezes caindo no vício do alcoolismo, trazendo consequências graves para sua vida material e espiritual.

Ocorre que médiuns predispostos ao vício podem, ao invés de atraírem espíritos de luz, afinizarem-se com espíritos de viciados que já morreram - esses espíritos serão obsessores dessa pessoa, uma vez que ela satisfaz seus desejos materialistas. Note-se que o álcool é um elemento usado na magia para trabalhos para o bem; abusos nunca são tolerados e exibicionismo não são sinais de incorporações de luz.

Existem casas que, por ordem do mentor espiritual, nunca usaram ou deixaram de utilizar o fumo, assim como a bebida alcoólica, sem que por isso, tivessem qualquer problema com as entidades que, por ventura, utilizavam esses elementos. Afinal, os espíritos podem se adaptar e mudar a forma de trabalhar de acordo com o fundamento de cada instituição.

É importante ressaltar, ainda, que quanto menos o espírito utilizar materiais terrenos melhor. Eles podem trabalhar com elementos bastante etéreos e tão eficazes quanto os fluidos do próprio médium.

[editar] ParamentosNa umbanda, os médiuns usam normalmente como paramentos apenas roupas brancas, podendo estar os pés descalços, representando a simplicidade e a humildade.

Mas há umbandas que também utilizam roupas com as cores de cada linha. Por exemplo, em giras de Ogum se utiliza camisas ou batas vermelhas e calças e saias brancas.

Nas giras de esquerda as roupas são pretas, sendo que as filhas de santo podem se vestir de vermelho e preto.

Pode ocorrer, por exemplo, que uma entidade de Preta-velha solicite uma saia ou um lenço para amarrar os cabelos; isso visa a proporcionar que o médium se pareça mais com a entidade que está incorporando.

Também há os apetrechos dos guias. Por exemplo, os Caboclos costumam utilizar cocares, alguns utilizam machadinhas de pedra, chocalhos, etc.

Uma outra visão sobre os paramentos e apetrechos materiais utilizados pelos médiuns é de que são usados pelos espíritos como condensadores de energia: um modo de concentrar a energia e depois enviá-la, se positiva, ou dissipá-la no elemento apropriado, quando negativa.
A origem da Umbanda

A Umbanda tem origens variadas (dependendo da vertente que a pratica).

Em meio as festas nas senzalas os negros escravos comemoravam os Orixás por meio dos Santos Católicos. Nessas festas eles incorporavam seus Orixás, mas também começaram a incorporar os espíritos ditos ancestrais, como os Pretos-Velhos ou Pais Velhos (espíritos de ancestrais, (que não era de antigos Babalaôs, Babalorixás, pois esses são cultuados no Culto aos Egungun em Itaparica, Bahia, e nem Iyalorixás pois essas são cultuadas no Culto das Iyás) eram antigos "Pais e Mães de Senzala": escravos mais velhos que sobreviveram à senzala e que, em vida, eram conselheiros e sabiam as antigas artes da religião da distante África), que iniciaram a ajuda espiritual e o alívio do sofrimento material daqueles que estavam no cativeiro.

Embora houvesse uma certa resistência por parte de alguns, pois consideravam os espíritos incorporados dos Pretos-Velhos como Eguns (espírito de pessoas que já morreram e não são cultuados no candomblé), também houve admiração e devoção.

Com os escravos foragidos, forros e libertados pelas leis do Ventre Livre, Sexagenário e posteriormente a Lei Áurea, começou-se a montagem das tendas, posteriormente terreiros.

Em alguns Candomblés também começaram a incorporar Caboclos (índios das terras brasileiras como Pajés e Caciques) que foram elevados à categoria de ancestral e passaram a ser louvados. O exemplo disso são os ditos Candomblé de Caboclo. Muito comuns no norte e nordeste do Brasil até hoje.

No início do século XX com o surgimento da Umbanda, esta que muitas vezes era realizada nas praias começou a ser conhecida pelo termo macumba, pois macumba nada mais é que um determinado tipo de madeira usada para produzir o atabaque usado durante as giras; por ser um instrumento musical, as pessoas referiam-se da seguinte forma: "Estão batendo a macumba na praia", ficando então conhecidas as giras como macumbas ou culto Omoloko. Com o passar do tempo, tudo que envolvia algo que não se enquadrava nos ensinamentos impostos pelo catolicismo, protestantismo, judaísmo, etc, era considerado macumba. Com isso, acabou por virar um termo pejorativo.




[editar] Visões sobre o vocábulo "Umbanda"Referência Histórico-Literária

A mais antiga referência literária e denotativa ao termo Umbanda é de Heli Chaterlain, em Contos Populares de Angola, de 1889. Lá aparece a referência à palavra Umbanda, como: curador, magia que cura, sinônimo de Kimbanda.

Visão Esotérica sobre o vocábulo Umbanda

Segundo a corrente esotérica que existe na Umbanda, a origem do vocábulo Umbanda estaria na raiz sânscrita AUM que, na definição de Helena Petrovna Blavatsky, em seu Glossário Teosófico, significa a sílaba sagrada; a unidade de três letras; daí a trindade em um. É uma sílaba composta pelas letras A, U e M (das quais as duas primeiras combinam-se para formar a vogal composta O). É a sílaba mística, emblema da divindade, ou seja, a Trindade na Unidade (sendo que o A representa o nome de Vishnu; U, o nome de Shiva, e M, o de Brahmâ); é o mistério dos mistérios; o nome místico da divindade, a palavra mais sagrada de todas na Índia, a expressão laudatória ou glorificadora com que começam os Vedas e todos os livros sagrados ou místicos. As outras palavras componentes se supõem, como: Bandha, de origem sânscrita, no mesmo glossário significa laço, ligadura, sujeição, escravidão. A vida nesta terra.

Autores dessa corrente esotérica, analisando as duas palavras, definiram Umbanda como sendo a junção dos termos Aum + Bandha, que seria o elo de ligação entre os planos divino e terreno. A palavra mântrica Aumbandha foi sendo passada de boca a ouvido e chega até nós como Umbanda.

Formas variadas da Umbanda

A incorporação de guias também ocorreu em outras religiões como no Candomblé de Caboclos ( desde de 1865 - as primeiras manifestações de Caboclos, Boiadeiros, Marinheiros, Crianças e Pretos-velhos aconteceram dentro do Candomblé de Caboclos ), no Catimbó e em centros Espíritas (onde não eram aceitos e, muitas vezes, expulsos ou pedidos a se retirar, por serem vistos como espíritos não evoluídos, ou mesmo, como obsessores).

Uma das versões mais aceitas popularmente, mas não cientificamente, pois não existe documentação da época para corroborá-la, é a sobre o médium Zélio Fernandino de Moraes.

Diz essa versão que Zélio, em 15 de novembro de 1908, acometido de doença misteriosa, teria sido levado a Federação Espírita de Niterói e, em determinado momento dos trabalhos da sessão Espírita manifestaram-se em Zélio espíritos que diziam ser de índio e escravo. O dirigente da Mesa pediu que se retirassem, por acreditar que não passavam de espíritos atrasados (sem doutrina). Mais tarde, naquela noite, os espíritos se nomearam como Caboclo das Sete Encruzilhadas e Pai Antônio.

Devido a hostilidade e a forma como foram tratados (como espíritos atrasados por se manifestarem como índio e um negro escravo). Essas entidades resolveram iniciar uma nova forma de culto, em que qualquer espírito pudesse trabalhar.

No dia seguinte, dia 16 de novembro, as entidades começaram a atender na residência de Zélio todos àqueles que necessitavam, e, posteriormente, fundaram a Tenda espírita Nossa Senhora da Piedade.

Essa nova forma de religião inicialmente foi chamada de Alabanda, mas acabou tomando o nome de Umbanda. Uma religião sem preconceitos que acolheria a todos que a procurassem: encarnados e desencarnados, em todas bandas.

Zélio foi o precursor de um "trabalho Umbandista Básico" (voltado à caridade assistencial, sem cobrança e sem fazer o mal e priorizando o bem), uma forma "básica de culto" (muito simples), mas aberta à junção das formas já existentes (ao próprio Candomblé nos cultos Nagôs e Bantos, que deram origem às religiões mais africanas - Umbanda Omoloko, Umbanda de pretos-velhos; ou aquelas formas mais vinculadas à Doutrina Espírita - Umbanda Branca; ou aquelas formas oriundas da Pajelança do índio brasileiro - Umbanda de Caboclo; ou mesmo formas mescladas com o esoterismo de Papus - Gérard Anaclet Vincent Encausse, esoterismo teosófico de Helena Petrovna Blavatsky (1831-1891), de Joseph Alexandre Saint-Yves d´Alveydre - Umbanda Esotérica, Umbanda Iniciática, entre outras) que foram se mesclando e originando diversas correntes ou ramificações da Umbanda com suas próprias doutrinas, ritos, preceitos, cultura e características próprias dentro ou inerentes à prática de seus fundamentos.

Hoje temos várias religiões com o nome "Umbanda" ( Linhas Doutrinárias ) que guardam raízes muito fortes das bases iniciais, e outras, que se absorveram características de outras religiões, mas que mantém a mesma essência nos objetivos de prestar a caridade, com humildade, respeito e fé.

Alguns exemplos dessas ramificações são:

Umbanda Popular - Que era praticada antes de Zélio e conhecida como Macumbas ou Candomblés de Caboclos; onde podemos encontrar um forte sincretismo - Santos Católicos associados aos Orixás Africanos;
Umbanda tradicional - Oriunda de Zélio Fernandino de Moraes;
Umbanda Branca e/ou de Mesa - Nesse tipo de Umbanda, em grande parte, não encontramos elementos Africanos - Orixás -, nem o trabalho dos Exus e Pomba-giras, ou a utilização de elementos como atabaques, fumo, imagens e bebidas. Essa linha doutrinária se prende mais ao trabalho de guias como caboclos, pretos-velhos e crianças. Também podemos encontrar a utilização de livros espíritas como fonte doutrinária;
Umbanda Omolokô - Trazida da África pelo Tatá Tancredo da Silva Pinto. Onde encontramos um misto entre o culto dos Orixás e o trabalho direcionado dos Guias;
Umbanda Traçada ou Umbandomblé - Onde existe uma diferenciação entre Umbanda e Candomblé, mas o mesmo sacerdote ora vira para a Umbanda, ora vira para o candomblé em sessões diferenciadas. Não é feito tudo ao mesmo tempo. As sessões são feitas em dias e horários diferentes;
Umbanda Esotérica - É diferenciada entre alguns segmentos oriundos de Oliveira Magno, Emanuel Zespo e o W. W. da Matta (Mestre Yapacany), em que intitulam a Umbanda como a Aumbhandan: "conjunto de leis divinas";
Umbanda Iniciática - É derivada da Umbanda Esotérica e foi fundamentada pelo Mestre Rivas Neto (Escola de Síntese conduzida por Yamunisiddha Arhapiagha), onde há a busca de uma convergência doutrinária (sete ritos), e o alcance do Ombhandhum, o Ponto de Convergência e Síntese. Existe uma grande influência Oriental, principalmente em termos de mantras indianos e utilização do sânscrito;
Umbanda de Caboclo - influência do cultura indígena brasileira com seu foco principal nos guias conhecidos como "Caboclos";
Umbanda de pretos-velhos - influência da cultura Africana, onde podemos encontrar elementos sincréticos, o culto aos Orixás, e onde o comando e feito pelos pretos-velhos;

Outras formas existem, mas não têm uma denominação apropriada. Se diferenciam das outras formas de Umbanda por diversos aspectos peculiares, mas que ainda não foram classificadas com um adjetivo apropriado para ser colocado depois da palavra Umbanda.